Sabonete

Nome científico: 
Sapindus saponaria L.
Família: 
Sapindaceae
Sinonímia científica: 
Sapindus peruvianus var. dombeyanus Walper
Partes usadas: 
Raiz, casca, fruto, semente.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Saponinas.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, antiulcerativa, antineoplásica, diurético, expectorante, tônico, vermífuga, inseticida.
Indicação terapêutica: 
Úlcera, ferida, inflamação, depurativo do sangue, tosse.

Origem, distribuição

Espécie originária da América tropical e subtropical. No Brasil ocorre desde o Pará até o Rio Grande do Sul.

Descrição [3,5]

Árvore perenifólia ou semidecídua, heliófita, atinge de  4 a 9 m de altura. Ramos jovens com pilosidade curta, esbranquiçados, glabros quando velhos, castanho-estriados, com lenticelas.

Folhas alternas compostas, imparipinadas, pecioladas. Inflorescência em panículas terminais, com muitas flores de cor branca. Fruto multigloboso, amarelo quando maduro, com cerca de 2 cm de comprimento. Sementes globulosas não ariladas, pretas e duras.

Utilizada na arborização urbana. A madeira é moderadamente pesada, dura, compacta, de baixa durabilidade natural, sendo empregada na construção civil.

Uso popular e medicinal

A casca, a raiz e o fruto são utilizados na medicina popular como calmante, adstringente, diurético, expectorante, tônico, depurativo do sangue e contra a tosse [5].

A espécie é conhecida pela presença de saponina, um surfactante (tensoativo) natural encontrado nas sementes e nos frutos. Os frutos são utilizados pela população como sabão, no banho e no combate a úlceras, feridas na pele e inflamações. Tem sido muito pesquisada também para uso farmacológico, pois estes compostos, classificados como triterpenoides, apresentam atividade antiulcerativa e antineoplásica.

Por conterem óleo, as sementes são utilizadas como inseticida. Uma teoria bem aceita para explicar a alta concentração de saponinas em muitas espécies de plantas é que estas funcionariam como proteção ao ataque de patógenos, sejam estes fungo, bactéria ou vírus [3].

Saponina tem ação vermífuga que auxilia no tratamento de protozoários em ruminantes. Esta planta pode ser utilizada em paisagismo devido a copa densa que proporciona sombra, bem como em programas de recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente [1].

 Referências

  1. Universidade Federal de Santa Maria RS (2018): Superação da dormência de sementes de Sapindus saponaria - Acesso em 12 de julho de 2020
  2. Universidade Federal de Viçosa (UFV, 2016): Estudo fitoquímico do fruto de Sapindus saponaria, preparo de derivados da hederagenina e avaliação da atividade biológica desses derivados - Acesso em 12 de julho de 2020
  3. Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR, 2010): Potencial alelopático de Sapindus saponaria - Acesso em 12 de julho de 2020
  4. Associação Caatinga (2011): Conhecendo e produzindo sementes e mudas - Acesso em 12 de julho de 2020
  5. Trilhas da ESALQ: Saboeiro - Acesso em 12 de julho de 2020
  6. Laboratório de Manejo Florestal (Compêndio Online Gerson Luiz Lopes): Sapindus saponaria
  7. Imagem: João de Deus Medeiros - Acesso em 12 de julho de 2020
  8. The Plant List: Sapindus saponaria - Acesso em 12 de julho de 2020

GOOGLE IMAGES de Sapindus saponaria - Acesso em 12 de julho de 2020