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Vassourinha-de-botão [1]

Enviado por Sergio Sigrist em qua, 05/08/2015 - 12:12pm
Nome científico: 
Spermacoce verticillata L.
Família: 
Rubiaceae
Sinonímia popular: 
Cordão-de-frade, erva-botão, falsa-poaia, perpétua-do-mato, poaia-comprida, poaia-preta, poaia-rosário.
Sinonímia científica: 
Borreria verticillata (L.) G.Mey.
Partes usadas: 
Folha, raiz.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
No óleo essencial: sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno. Nas folhas: compostos fenólicos (rutina, kaempferol, ácido clorogênico).
Propriedade terapêutica: 
Anti-inflamatório, antipirético, analgésico, vomitiva, abortiva, expectorante, antimicrobiana, diurético, fleumagoga.
Indicação terapêutica: 
Cólica menstrual, tosse, hemorroidas, vermes, coceira, lesões de pele, diarreia, eliminação de catarro, tosse, furúnculos, úlceras, feridas.
tags: 
Catarro [2]
Diarreia [3]
Ferida [4]
Coceira - comichão - prurido [5]
Dor menstrual - cólica - dismenorreia [6]
Doença da pele - dermatose - dermatofitose [7]
Furúnculo - abscesso [8]
Úlcera [9]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: shrubby false buttonweed

Descrição [1]
Espécie herbácea perene, desenvolve-se em todas as regiões do Brasil. Vegeta em áreas antropizadas, a exemplo daquelas ocupadas com olericultura e fruticultura. 

Apresenta caule amplamente ramificado na base, quadrático nas partes jovens, revestido por indumento de pelos brancos, com nós e entrenós bem definidos.

Folhas simples, desprovidas de pecíolos, dispostas em forma de verticílios ao longo dos nós. Limbo linear-lanceolado com uma nervura bem acentuada. Inflorescência axilar e terminal em glomérulos globosos que circundam o caule ao longo dos nós, constituídos por flores de coloração branca.

Flores sésseis, fruto do tipo cápsula. Propaga-se por meio de sementes.

Uso popular e medicinal
Vassourinha-de-botão é uma espécie amplamente utilizada na medicina tradicional do Brasil como anti-inflamatório, antipirético e analgésico.

A raiz é utilizada como vomitiva, contra diarreia de crianças, expectorante em catarro, fleumagoga (elimina líquido que acumula no pulmão), problemas da barriga, cólica menstrual, disenteria, desarranjo e como abortiva [5].

Nas raízes da planta foi identificada a propriedade expectorante. Na composição química destaca-se a presença dos alcalóides borrerina e barrerina e dos iridoides dafilosideo, asperulosideo e do ácido asperulosídico. Estudos farmacológicos com os alcalóides desta planta revelaram a ocorrência de ação antimicrobiana. Em sua parte aérea foi detectado óleo essencial contendo os sesquiterpenos guianeno, cariofileno e cadineno que inibem o crescimento de bactérias gram-positivas e gram-negativas [2].

Na África extratos das folhas são usadas para tratar doenças de pele (hanseníase), furúnculos, úlceras e feridas causadas por gonorreia (blenorragia). Preparam uma loção para aliviar coceiras de pele. Outras preparações são usadas internamente para tratar a diarreia, como um diurético para esquistossomose e como abortivo. Foi demonstrado que um óleo essencial extraído das folhas inibe as bactérias Escherichia coli (que habita o intestino humano) e Staphylococcus aureus (forma colonia na pele) [3].

Na busca por novos compostos de importância taxonômica, um trabalho recente (2014) avaliou o perfil fitoquímico de compostos fenólicos deste vegetal. O material foi extraído das folhas com água destilada e purificado por meio de vários métodos cromatográficos. A análise identificou três compostos, sendo o principal quercetina-3-o-rutinoside (rutina), seguido de kaempferol 3-o-rutinoside e ácido clorogênico. Os autores concluem que esses compostos estão presentes como marcadores químicos das espécies deste gênero e família, informação essa muito importante por aumentar os recursos para a classificação taxonômica das espécies [4].

 Colaboração

  • Antônio dos Santos, Gestor do Centro de Estudos Amazônicos (Manaus, AM), 2015.

 Referências

  1. MOREIRA, H. J. C; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de Identificação de Plantas Infestantes. FMC Agricultural Products, São Paulo (SP). 2011.
  2. Tesaurus de Plantas Medicinales (2007): Spermacoce verticillata [10] - Acesso em 9 de agosto de 2015
  3. Global Invasive Species Database (2009): Spermacoce verticillata [11] - Acesso em 9 de agosto de 2015
  4. Journal of Pharmacy and Pharmacognosy Research (2014): Phenolic compounds of Spermacoce verticillata [12] - Acesso em 9 de agosto de 2015
  5. Flora de Santa Catarina: Borreria verticillata [13] (poaia-rosário) - Acesso em 9 de agosto de 2015
  6. Imagem: FMC Agricultural Products
  7. The Plant List: Spermacoce verticillata [14] - Acesso em 9 de agosto de 2015

GOOGLE IMAGES de Spermacoce verticillata [15] - Acesso em 9 de agosto de 2015

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