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Erva-botão [1]

Enviado por Sergio Sigrist em sab, 17/04/2021 - 2:12pm
Nome científico: 
Eclipta prostrata (L.) L.
Família: 
Compositae
Sinonímia popular: 
Agrião-do-brejo, coacica, coatiá, cravo-bravo, erva-lanceta, lanceta, quebra-pedra, sucurima, surucuína, tangaracá.
Sinonímia científica: 
Acmella lanceolata Link ex Spreng.
Partes usadas: 
A planta toda.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Flavonoides, isoflavonoides (wedelolactone, demetilwedelolactona), esteroides (sitosterol, estigmasterol), cumarinas, taninos.
Propriedade terapêutica: 
Tônica, hepatoprotetora, adstringente, emética, depurativa, febrífuga, anti-inflamatória,
Indicação terapêutica: 
Aumento do fígado e baço, asma, doença respiratória, inflamação dos olhos e articulações, tosse, dor de cabeça, hepatite, doenças da pele, feridas, furúnculo, picadas de cobra etc.
tags: 
Asma [2]
Doença da pele - dermatose - dermatofitose [3]
Inflamação [4]
Dor de cabeça - enxaqueca [5]
Ferida [6]
Furúnculo - abscesso [7]
Picada - aranha - cobra - inseto [8]
Afecção do fígado [9]
Regular o ciclo menstrual [10]
Diarreia [11]
Lombriga - verminose - ascaridíase [12]
Varíola [13]
Catapora - varicela [14]
Edema - inchaço - retenção de líquido [15]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: eclipta, false daisy, white eclipta, white heads, swamp daisy
  • Espanhol: yerba de tago.

Origem, distribuição [2]
Distribuição pantropical. Região biogeográfica: Amazonia, Planície Caribenha, Valle del Cauca,  Valle del Magdalena (Colômbia). 

Descrição [1]

Espécie herbácea anual, desenvolve-se em todo o Brasil vegetando em áreas olerícolas e fruticultura. Pode hospedar nematoides como Meloidogyne incognita (uma lagarta parasita) e ácaros Brevipalpus.

Apresenta caule ereto ou pouco decumbente, cilíndrico, coloração avermelhada e recoberto por indumento de pelos brancos. Folhas simples, desprovidas de pecíolos, opostas cruzadas, limbo ovado-lanceolado, margens levemente onduladas ou serradas.

Inflorescência axilar e terminal constituída por 2 a 3 capítulos longo-pedunculados, avermelhados e com pilosidade branca. Flores do centro do capítulo são hermafroditas e as da margem femininas. Fruto do tipo aquênio. Propaga-se por meio de sementes e formação de raízes adventícias.

Uso popular e medicinal

Promove vitalidade, saúde e circulação, estimula o crescimento do cabelo. Indicada em doenças respiratórias e inflamação dos olhos e em outras partes do corpo. 

A planta toda é indicada para asma. O suco é tônico em medicamentos para tosse, dores de cabeça, hepatite e inflamação das articulações. Na forma de cataplasma serve para doenças da pele, feridas e tintura preta de cabelo. Misturado ao mel, o suco é dado às crianças para tosses e resfriados. O pó da folha serve para tratar dores de cabeça, calvície frontal, furúnculos, cistos e doenças venéreas. Fervidos com açúcar mascavo e adicionado à água, são reduzidos a um terço do volume inicial e tomados para regular os períodos menstruais. 

Uma mistura de folhas em pó e suco de Vitex trifolia promove a cicatrização de queimaduras, previne a formação de novas cicatrizes e elimina as antigas. Adicionadas ao leite, são consumidas diariamente para melhorar a visão, firmar dentes moles e dizem "permitir que as pessoas mudas ganhem voz e que os surdos ouçam". Misturadas ao leite materno, são administradas para vermes intestinais, diarreia, varíola, varicela e sarampo. Uma mistura de folhas com sementes de gergelim preto pulverizadas serve como um tônico para proteger contra doenças, promover a longevidade e escurecer os cabelos. As folhas esmagadas juntamente com as de Acalypha indica e Gardenia resinifera são aplicadas na cabeça de crianças para aliviar a congestão [2].

Utilizada na medicina popular como hepatoprotetora, em picadas de serpentes e externamente em machucados e doenças de pele.

Seu uso na tradicional medicina chinesa abrange efeitos adstringente, emética, depurativa, febrífuga, tônica. O suco da planta juntamente com óleo aromático é usado no tratamento de problemas catarrais e icterícia. Na Índia o suco de suas folhas tem sido usado para tratamento de vitiligo, pé de atleta, micoses e algumas doenças crônicas de pele. 

Uso unânime da Eclipta prostrata inclui tratamento de hepatomegalia (aumento do fígado), esplenomegalia (aumento do baço) e edema. Externamente são usadas em machucados, principalmente em rebanhos. No Brasil existe pouco relato do seu emprego através do costume popular. No litoral norte do Estado de São Paulo é indicada no campo veterinário em casos de picadas de serpentes em animais de pequeno ou grande porte. No nordeste brasileiro ela é usada para tratamento respiratório.

Um estudo demonstrou a atividade anti-inflamatória do extrato bruto hidroalcoolico das partes aéreas da planta através de modelos experimentais in vivo, indicando a presença do isoflavonoide wedelolactone. A autora conclui que o extrato possui compostos capazes de inibir ou inativar toxinas presentes no veneno da Bothrops moojeni (jararaca) reduzindo significativamente o processo inflamatório, podendo servir como tratamento ou coadjuvante nos acidentes ofídicos causados por esta espécie de serpente. Outros constituintes químicos apontados no estudo são demetilwedelolactona (isoflavonoide), sitosterol e estigmasterol (esteroides), cumarinas, flavonoides e taninos [3].

 Dedicado a Marcos Guião, São Gonçalo do Rio das Pedras (MG)

 Referências

  1. FMC Agricultural Products (2011): Manual de Identificação de Plantas Infestantes [16] - Acesso em 18 de abril de 2021
  2. Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (GBIF): Eclipta prostrata [17] - Acesso em 18 de abril de 2021
  3. Universidade do Vale do Paraíba (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, 2006): Efeito do extrato hidroalcoólico da Eclipta prostrata em modelo de inflamação in vitro [18] - Acesso em 18 de abril de 2021induzida pelo veneno da serpente Bothrops moojeni [18] - Acesso em 18 de abril de 2021
  4. Imagem: Flora Digital [19] (Autor: Daniel Grasel) - Acesso em 18 de abril de 2021
  5. The Plant List: Eclipta prostrata [20] - Acesso em 18 de abril de 2021

GOOGLE IMAGES de Eclipta prostrata [21] - Acesso em 18 de abril de 2021

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