Margarida

Nome científico: 
Bellis perennis L.
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Bellis perennis f. pumila (Arv.-Touv. & Dupuy) Rouy
Partes usadas: 
Flor, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ácidos málico, tartárico, acético e outros, matérias corantes, antoxina.
Propriedade terapêutica: 
Anódino, antidiarreico, antiespasmódico, antitússico, demulcente, digestivo, emoliente, expectorante, laxante, oftálmico, purgativo, tônico.
Indicação terapêutica: 
Ferida, contusão, catarro, reumatismo, artrite, fígado, desordens dos rins, purificador do sangue, úlceras bucais, câncer de mama, dores reumáticas, menstruação dolorosa.

Origem, distribuição
Europa 

Nome em outros idiomas

  • Inglês: daisy, lawndaisy, english daisy

Descrição
Em estado selvagem, a margarida primitiva tinha cor branca, algumas vezes com pintas de cor-de-rosa e tamanhos menores. Dela derivaram todas as sete ou oito espécies do gênero, resultado do trabalho de jardineiros na busca por variedades hoje conhecidas.

Uso popular e medicinal
No passado acreditavam que as margaridas, quando esmagadas e postas sobre ferimentos, seriam capazes de estancar o sangue e aliviar as dores. Na França do século XVI, chegou-se a criar uma Ordem Honorífica denominada "Ordem da Margarida", tal era sua fama. 

No final do século XVIII a planta foi condenada ao extermínio por governantes alemães, por supostamente apresentar propriedades abortivas. Estudos posteriores mais completos, no entanto, colocaram-na entre as espécies saponínicas de notável poder hemolítico.

Suas sumidades florais são muito ricas em ácidos málico, tartárico, acético e outros, matérias corantes de tom amarelo e sobretudo a antoxina [1].

Considerada especialmente útil no tratamento de crianças sensíveis e apáticas. A planta já foi pesquisada para terapia do HIV. É levemente anódino (acalma a dor, paliativo), antiespasmódico, antitússico, demulcente, digestivo, emoliente, expectorante, laxante, oftálmico, purgante e tônico.

Utilizam-se as cabeças de florescência frescas ou secas. A infusão é usada no tratamento do catarro, reumatismo, artrite, fígado e desordens dos rins, como um purificador do sangue. 

A margarida já teve grande reputação na cura de feridas frescas. Uma pomada feita  das folhas é aplicada externamente a feridas e contusões.

Mastigação das folhas frescas serve para curar úlceras bucais. É reconhecida como eficaz no tratamento de câncer de mama. Flores e folhas são usadas normalmente frescas em decocções, pomadas e cataplasmas. Uma forte decocção das raízes tem sido recomendada para o tratamento de escorbuto e eczemas, embora deva ser tomada por algum tempo para que o efeito apareça.

Uma decocção suave pode aliviar queixas do trato respiratório, dores reumáticas e menstruação dolorosa ou pesada. Colhida quando em flor, serve como remédio homeopático para tratamento de contusões [2].

 Referências

  1. QUEIROZ, R. G. O mundo mágico das plantas. Thesaurus Editora, Brasília (DF), 2003.
  2. Plants for a Future: Bellis perennis - Acesso em 14 de junho de 2015
  3. Image: Wikimedia Commons (Author: JP Hamon) - Acesso em 14 de junho de 2015
  4. The Plant List: Bellis perennis - Acesso em 14 de junho de 2015

GOOGLE IMAGES de Bellis perennis - Acesso em 14 de junho de 2015