Origem, distribuição
Nativa da América Latina Tropical. Distribuída por toda a Amazônia, América Central e ilhas do Caribe (Antilhas, Bahamas).
Nomes em outros idiomas
- Inglês: Ice cream beans
- Espanhol: guamo, guama, pacae soga, pacae silvestre
Descrição [3]
Espécie arbórea de porte médio a alto, rápido crescimento atingindo de 15 a 20 m de altura em locais abertos e até 40 m na floresta.
Inflorescências axilares ou terminais, agrupadas, apresenta de 4 a 5 espigas nas axilas das folhas. As flores são brancas, atraentes, perfumadas e atrai abelhas melíferas.
O fruto é uma vagem comprida de tamanho variável, indeiscente, verde, cilíndrica, espessa, multissucada longitudinalmente, podendo atingir 2 m de comprimento.
As sementes são negras em número variável por fruto, revestidas por uma sarcotesta (quando a testa da semente torna-se pulposa e comestível) branca, flocosa, suculenta, adocicada e comestível.
Planta cultivada pelo fruto comestível e uso em sistemas agroflorestais. A biomassa pode ser aproveitada como forragem e adubo.
A madeira é empregada em carpintaria e a lenha dá excelente carvão.
Uso popular e medicinal
O fruto é rico em vitamina C, açúcar, proteína, caroteno, macro e micronutrientes (potássio, magnésio, cálcio, ferro e zinco) essenciais à saúde. Relata-se que em 100g de polpa do fruto há um valor energético de 53,0 calorias, 84,9% de água e ainda proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, cálcio, fósforo entre outros.
Dentre os componentes químicos são citados trans-óxido de linalol (furanoide, 5,8%), linalol (20,0%), nonanal (4,7%), ácido palmítico (7,6%) e tricosano (11,4%).
Na medicina o fruto e a casca são considerados antissépticos, úteis contra blenorragia e hemoptise.
Tribos indígenas usam o fruto contra dor de cabeça. Com a casca do fruto pode-se fazer bochecho e gargarejo contra afta e laringite. Do cozimento da casca é feita uma bebida contra úlcera do estômago.
A polpa é utilizada na fabricação de xarope caseiro contra bronquite e o chá da casca é muito empregado na cura de ferida e diarreia. Menciona-se que a mistura do chá da casca com casca de romã melhora a eficiência no combate a diarreia.
A semente do fruto pode ser utilizada como alimento para suínos. Vagens e folhas são apreciadas pelo gado. Os frutos são comestíveis e possuem amplo consumo. A polpa é usada tanto na forma natural quanto essência para sorvete e suco.
Mencionam que a infusão da folha da planta é usada para lavar os cabelos, impedindo a queda e o envelhecimento dos fios [1].
O interior da polpa é uma boa fonte de fibra alimentar, polifenóis, antioxidantes e anti-inflamatório. As sementes não devem ser consumidas cruas. Quando assadas fornecem uma rica fonte de proteína.
Na Colômbia, uma bebida alcoólica feita do sorvete - conhecida por cachiri - é consumida em um festival com o mesmo nome [2].
Dedicado a Ozana Farias
Referências
- Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA, 2012): Análise físico-quimíco da polpa do fruto do ingá-cipó do município de Ariquemes (RO, Brasil) - Acesso em 22 de setembro de 2019
- Specialty Produce: Ice Creams Beans - Acesso em 22 de setembro de 2019
- Acta Amazonica (2000): Fenologia e produtividade do ingá-cipó na Amazônia Central - Acesso em 22 de setembro de 2019
- Image: Courtesy of ©2014 Zoya Akulovax - Acesso em 22 de setembro de 2019
- The Plant List: Inga edulis - Acesso em 22 de setembro de 2019
GOOGLE IMAGES de Inga edulis - Acesso em 22 de setembro de 2019