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Fisalis [1]

Enviado por Sergio Sigrist em dom, 08/01/2017 - 4:43pm
Nome científico: 
Physalis peruviana L.
Família: 
Solanaceae
Sinonímia popular: 
Bate-testa.
Sinonímia científica: 
Alkekengi pubescens Moench
Partes usadas: 
Fruto, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Ácidos graxos (predominância do linoleico), alta concentração de ferro, magnésio e zinco, vitaminas (A, B, C, E , K1), fitoesteróis e secosteroides (fisalinas).
Propriedade terapêutica: 
Anticancerígeno, antimicobacteriano, antipirético, imunomodulador, diurética.
Indicação terapêutica: 
Malária, asma, hepatite, dermatite, reumatismo, vermes, queixas intestinais.
tags: 
Asma [2]
Doença da pele - dermatose - dermatofitose [3]
Hepatite [4]
Infecção intestinal - enterobiose - oxiurose [5]
Reumatismo - artrite - artrose - dor articular [6]
Lombriga - verminose - ascaridíase [7]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: cape gooseberry, goldenberry, husk cherry, peruvian ground cherry
  • Francês: coqueret du Peru
  • Espanhol: capulí
  • Alemão: peruanische Judenkirsche
  • Italiano: Alchechengi del Perù

Origem, distribuição [3]
Considerada nativa do Brasil mas há muito tempo foi naturalizada no altiplano do Peru e Chile, tornando-se identificada com esta região.

​Descrição [2,5,6]

Planta perene, cresce até 1,2 m. Floresce de julho a outubro e as sementes amadurecem de agosto a novembro. As flores são hermafroditas (têm ambos os órgãos masculinos e femininos) e são polinizadas por abelhas e vento.

Climatérico do tipo baga carnosa, o fruto apresenta diâmetro médio de 2,0 cm e coloração alaranjada. É fisicamente sustentado e envolvido por um cálice com sépalas que o protege de patógenos, insetos e condições ambientais adversas.​

Dentre as diversas espécies de Physalis, a que fornece o fruto comumente comercializado na forma fresca ou processada é a Physalis peruviana, sendo a  Colômbia o maior produtor mundial. No Brasil ocorre mais a Physalis angulata [8]. Outra espécie que temos neste site é a Physalis pubescens [9].

Uso popular e medicinal

Na Colômbia a decocção de folhas é tomada como um diurético e antiasmático. Na África do Sul, as folhas aquecidas são aplicadas como cataplasmas em inflamações e os zulus administram a infusão de folhas como um enema para aliviar doenças abdominais em crianças. Especialistas indianos isolaram das folhas um constituinte esteroide menor, a fisalolactona C [7].

O suco das folhas tem sido utilizado no tratamento de vermes e queixas intestinais. A planta é diurética [6].

Existem outros relatos de uso na medicina popular como anticancerígeno, antimicobacteriano, antipirético e imunomodulador e também para o tratamento de doenças como a malária, asma, hepatite, dermatite e reumatismo.

Valor nutricional do fruto [4]

Principais g.100g -1 de peso seco Minerais g.100g -1 de peso seco Ácidos graxos % w/w
Umidade  80,97 ± 1,65 Cálcio 9,0 ± 1,0 Palmítico % 9,38
Energia 88,72 kcal; 372,62 kJ Magnésio 34,70 ± 1,50 Palmitoleico % 0,71
Proteína 1,85 ± 0,31 Manganês 0,26 ± 0,02 Esteárico % 2,67
Lipídeos total  3,16 ± 0,32 Zinco 0,49 ± 0,08 Oleico % 10,03
Cinzas 0,80 ± 0,03 Ferro 1,47± 0,18 Linoleico % 72,42
Carboidrato total 13,22 Sódio 1,10 ± 0,10 α-Linolênico % 0,32
    Potássio 347,00 ± 2,5 Araquídico % 1,36
    Cobre 0,28 ± 0,03 Behênico % 0,26
        Lignocérico %  0,24
        Saturado % 12,87
        Monoinsaturado % 10,71
        Polinsaturado % 73,78

Dados da tabela foram obtidos de análise do fruto coletado em 2005/2006. Os autores concluiram que houve predominância de ácido linoleico na composição da fração lipídica e alta concentração de ferro, magnésio e zinco, minerais essenciais para o metabolismo humano.

O fruto é considerado uma boa fonte de compostos antioxidantes naturais, vitaminas (A, B, C, E e K1), fitoesteróis e secosteroides (fisalinas) [1].

Referências

  1. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental (2016): Physalis peruviana seed storage [10] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA Hortaliças, 2016): Hortaliça pouco conhecida será alternativa de cultivo para o Cerrado [11] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  3. California Rare Fruit Growers: Cape Gooseberry [12] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  4. Food Science and Technology (Campinas, 2009): Minerals and essential fatty acids of the exotic fruit Physalis peruviana [13] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  5. Physalis Orgânico: Diferenças Physalis - Peruviana e Angulata [14] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  6. Plants for a Future: Physalis peruviana [15] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  7. Purdue University: Cape Gooseberry [16] - Acesso em 8 de janeiro de 2017
  8. The Plant List: Physalis peruviana [17] - Acesso em 8 de janeiro de 2017

GOOGLE IMAGES de Physalis peruviana [18] - Acesso em 8 de janeiro de 2017

 

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