Plantas Medicinais - Aromáticas - Condimentares
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Citronela [1]

Enviado por Sergio Sigrist em qui, 01/11/2012 - 9:53am
Nome científico: 
Cymbopogon nardus (L.) Rendle
Família: 
Poaceae
Sinonímia popular: 
Citronela-do-ceilão, cidró-do-paraguai.
Sinonímia científica: 
Andropogon nardus var. confertiflorus (Steud.) Stapf ex Bor
Partes usadas: 
Folhas, colmos verdes, rizoma e seu óleo essencial.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Foram identificados 17 constituintes no óleo essencial, sendo majoritários os monoterpenos acíclicos citronelal (47,12%), geraniol (18,56%) e citronelol (11,07%).
Propriedade terapêutica: 
Antisséptica, antifúngica, antibacterial, adstringente, estimulante.
Indicação terapêutica: 
Leucorreia
tags: 
Aromaterapia [2]
Corrimento vaginal - Leucorreia [3]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: citronella grass, barbed wire grass, lemongrass
  • Francês: Verveine des Indes
  • Alemão: zitronengras, citronella, lemongras
  • Espanhol: yerbalimón, hierba luisa, limonaria, cedrón, paja cedrón, malojillo, zacate limón, limoncillo, cedrón pasto

Origem, distribuição
Espécie originária do Sri Lanka (antigo Ceilão) e sul da Índia.

Descrição
É uma erva perene, cespitosa, de 0,80 a 1,20 m de altura. Os colmos são eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes, fibrosas e longas.

As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5 a 1 m de altura, com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora.

A inflorescência é em panícula formada por racemos curtos e geminados. A citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na primavera.

Uso popular e medicinal
O óleo essencial extraído da citronela é muito utilizado na aromaterapia como um estimulante quando inalado ou esfregado sobre a pele. É um antisséptico que pode ser usado para esterilizar superfícies de preparação de alimentos. 

Inalar os óleos essenciais de citronela pode aumentar a frequência cardíaca em algumas pessoas. O rizoma é utilizado medicinalmente como um tratamento para a leucorreia.

As aplicações do óleo essencial são:

  • Como planta aromática para fins de perfumaria
  • Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados
  • Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial
  • Como matéria-prima para a síntese de outros aromas

Informações para o cultivo
Variedades. Não existem seleções de variedades de citronela. As referidas como variedades são, na verdade, outras espécies.

Clima. É planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta frio e as geadas causam sua morte. No período de crescimento é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor.

Solo. Areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição.

Plantio.  Por meio da divisão das touceiras que, com a redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro). Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos devem ser de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos de acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas. Fazer uma boa irrigação em seguida.

Tratos culturais. Fazer replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura.

Pragas e doenças. Não se conhecem pragas e doenças incidentes sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças fúngicas em geral se revelam como carência de nitrogênio, potássio, ferro, etc.

Colheita. Feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm acima do solo. Normalmente é possível um segundo e até um terceiro corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de 80 - 100 L de óleo/ha são comuns no Estado.

Duração da cultura. Mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano).

Operações pós-colheita. A colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para não ocorrer perdas do óleo essencial.

Mercado. Embora outros países antes não-produtores tenham entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com frequentes baixas, a demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem o cultivo desta planta em escala econômica.

 Colaboração

  • Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga (FEPAGRO, Porto Alegre, RS). Maio, 2004.

 Referências

  1. ARAÚJO, A. Á. de. Principais gramíneas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1971.
  2. BOLDRINI, I. J; BOSSLE, W. P. Composição botânica dos campos naturais da Estação Exp. Zootécnica de Tupanciretã da Secretária da Agricultura do Rio Grande do Sul: relação ilustrada de gramíneas (parte II). Anuário Técnico do Instituto de Pesquisas Zootécnicas “Francisco Osório”, Porto Alegre, v. 5, t. 2, dez. 1978.
  3. BRILHO, C. C. ; SANTOS, S. R. dos. Cultivo do Vetiver e produção do seu óleo essencial. INSS, v. 17, n. 1-2, 1965.
  4. BRILHO, R. C. Óleos essenciais: análise da situação, tendência da exploração e comercialização. Campinas: CATI, 1968. 46 p. (Boletim Técnico SCR, n. 30)
  5. BURKART, A. Flora ilustrada de Entre-Rios (Argentina): parte II, Gramíneas. Buenos Aires: INTA, 1969. (Coleción Científica del INTA, t. 6.)
  6. GUENTHER, E. The essential oils. New York: Nostrand, 1949. v. 1.
  7. HEFENDEHL, F. W. ; FONSECA, L. R. Analisys of the essential oil of Elyonurus viridulus. Planta Médica, v. 30, p. 135-140, 1976.
  8. OLIVEIRA, F. de et AKISSUE G. Fundamentos de Farmacobotânica. São Paulo. Livraria Atheneu Editora, 1989. 221p. il.
  9. PASSOS, S. M. G. et al. Principais culturas. Campinas: Instituto Campineiro do Ensino Agrícola, 1979. v. 2
  10. PIRES, C. A.; LIMBERGER, R. P.; APEL, M. A.; CASTRO, L.O.; HENRIQUES, A. T. Óleos voláteis em espécies de interesse agrônomico do Rio Grande do Sul – In XV SIMPÓSIO DE PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL – Águas de Lindóia, 14917/10/1998. Anais 1998
  11. RAUBER, C. S.; PALMA, E. C. ; LIMBERGER, R.P.; APEL, M.; HENRIQUES, A. ; SCHA-POVAL,E.E. Avaliação da estabilidade do óleo volátil de Cymbopogon citratus. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE LATINO-AMERICANA DE FITOQUÍMICA, 3., 1999 ; SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE FARMACOBOTÂNICA, 9., 1999, Gramado.Porto Alegre: Metrópole, 1999.
  12. ROYG y MESA, J. T. Plantas medicinales, aromáticas ou venenosas de Cuba. Havana: Cultural S.A. 1945. 872p.
  13. Boletim Técnico da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária - FEPAGRO, n. 1, março de 2003.
  14. Congresso Brasileiro de Química (2010): Óleo essencial de Cymbopogon nardus: caracterização química e antibacteriana [4] - Acesso em 31 de outubro de 2015
  15. TopTropicals: Cymbopogon nardus [5] - Acesso em 31 de outubro de 2015
  16. The Plant List: Cymbopogon nardus [6] - Acesso em 31 de outubro de 2015

GOOGLE IMAGES de Cymbopogon nardus [7] - Acesso em 31 de outubro de 2015

 

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