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Casca-preciosa [1]

Enviado por Sergio Sigrist em dom, 27/09/2015 - 4:25pm
Nome científico: 
Aniba canellila (Kunth) Mez
Família: 
Lauraceae
Sinonímia popular: 
Preciosa, amapaíma, canela, casca-do-maranhãol, pau-rosa.
Sinonímia científica: 
Cryptocarya canelilla Kunth
Partes usadas: 
Toda a planta.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
1-nitro-2-feniletano, metileugenol, safrol, eugenol.
Propriedade terapêutica: 
Digestiva, antiespasmódica, fungicida, carminativa, anti-inflamatório.
Indicação terapêutica: 
Estimulante do sistema nervoso, diarreia, artritismo, catarro crônico, sífilis, candidíase, disenteria.
tags: 
Estímulo do sistema nervoso [2]
Diarreia [3]
Catarro [4]
Disenteria [5]
Blenorragia - gonorreia - sífilis - doença sexualmente transmissível [6]
Candidíase [7]
Reumatismo - artrite - artrose - dor articular [8]

Nome em outros idiomas

  • Inglês: rosewood, brazilian rosewood
  • Espanhol: canela muena, canelilla, guarinán, arabaima, waibaima

Origem, distribuição
A maior parte das árvores do gênero Aniba, com cerca de 55 espécies, encontra-se na região Amazônica. São árvores que contém óleo essencial em todas as suas partes. Foi denominada "casca-preciosa" pelo estudioso europeu do século XIX Humboldt, que também se referia a ela como a célebre canela do Orenoco.

Descrição
Árvore de porte médio, podendo variar de 15 a 35m de altura e 40 a 70 cm de diâmetro quando adulta. É muito aromática, com aroma doce semelhante ao de canela. Possui semente com amendoa amarelo claro, frutos e flores amareladas. Sua madeira, muito dura, tem densidade em torno de 1.2 g/cm3, cor pardo-escura. É considerada imputrescível porém fende-se facilmente. 

Uso popular e medicinal
Na medicina caseira a infusão da casca é utilizada como um chá saboroso com funções estimulante do sistema nervoso, digestiva, antidiarreico, antiespasmódica, para o artritismo, catarro crônico, sífilis e fungicida para candidíase. As sementes raladas são usadas contra disenteria. 

O uso principal da "preciosa" é a extração do óleo a partir da madeira, galhos e folhas. 

O óleo tem cor castanho-amarelado, forte aroma de canela, patchouli, cravo, rosa e tomilho. O componente principal, 1-nitro-2-feniletano, presente em cerca de 90% do total do óleo é o responsável pelo odor de canela presente na A. canelilla. Este componente é encontrado na natureza somente neste vegetal e em três outras espécies: Ocotea pretiosa (a nossa canela-sassafrás, nativa do Rio Grande do Sul), nas flores de Stephanotis floribunda ("Madagascar jasmine") e nas frutas de Dennettia tripetala ("pepper fruit", erva medicinal muito popular na Nigéria).

Uma análise do composto majoritário foi realizada com objetivo de verificar sua aplicação médica como vasodilatador e vasoconstritor sobre o endotélio, camada interna de revestimento dos vasos sanguineos [3]. 

O rendimento de óleo essencial encontrado para a planta cultivada foi de 0,43% nos galhos; 0,28% no lenho; 0,52% nas folhas e 0,80% na casca e para a planta nativa os resultados foram de 0,85% na casca; 0,83% nos galhos; 0,50% nas folhas e 0,75% nos frutos. Outros componentes encontrados em menores porcentagens são metileugenol, safrol e eugenol [3].

Outro estudo aponta que o 1-nitro-2-feniletano tem atividade antinociceptiva (redução na capacidade de perceber a dor) e anti-inflamatória provavelmente de origem periférica. Os resultados sugerem que os receptores opióides estão envolvidos no efeito antinociceptivo deste componente [2].

Outros usos
A madeira serve na construção geral, marcenaria e carpintaria. Devido a coloração pardo-vermelha da casca, vai bem no tingimento de roupas. O óleo essencial tem utilidade na perfumaria popular.

 Referências

  1. Acta Amazonica (2010): Propagação vegetativa por miniestacas de preciosa [9] (Aniba canellila) - Acesso em 27 de setembro de 2015
  2. LIMA, A. B. (2008): Estudo da ação antinociceptiva e anti-inflamatoria do 1-nitro-2-feniletano, principal constituinte da Aniba canelilla [10]. Universidade Federal do Pará. Dissertação: Mestrado - Acesso em 27 de setembro de 2015
  3. INNOCENTINI, A. P (2000). Extração e caracterizaçáo analítica do óleo essencial da espécie Aniba canelilla, visando o isolamento do composto majoritário, 1-nitro-2-feniletano e seu estudo toxicológico. Instituto de Química de São Carlos (USP). Dissertação: Mestrado.
  4. Imagem: Innocentini (cachos e frutos secos); Lima (folhas)
  5. The Plant List: Aniba canellila [11] - Acesso em 27 de setembro de 2015

GOOGLE IMAGES de Aniba canellila [12] - Acesso em 27 de setembro de 2015
 

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