Nome em outros idiomas
- Inglês: Asian pigeonwings, bluebellvine, blue pea, butterfly pea, cordofan pea, Darwin pea
- Francês: pois tonnelle, clitorie
- Espanhol: campanilla, zapatillo de la reina, papito, bejuco de conchitas
Origem, distribuição
Origem incerta devido a distribuição pantropical e cultivo generalizado.
Descrição
Erva trepadeira, perene, com um forte porta-enxerto lenhoso. Produz caules anuais finos que crescem até 3 m de comprimento a partir da base lenhosa. As hastes não se enraízam nos nós. A planta é colhida na natureza e tem sido cultivada há muito tempo como alimento, remédio e corante.
Tem uso ornamental pela vistosa floração e como melhorador de solo em plantações.
As flores de cor roxa têm a forma de órgãos genitais femininos, daí resultou o nome latino Clitoria (de "clitóris"). |
Folhas e vagens jovens são cozidas e ingeridas como vegetais. As flores servem para dar uma coloração azul a bolos de arroz e arroz cozido.
Poliniza-se por abelhas.
Uso popular e medicinal [1,2]
As flores são misturadas à agua em uma preparação para tratar problemas oculares. As sementes maduras em pó são aperientes e purgativas. As raízes contém taninos, são amargas, poderosamente catártica (acelera a defecação), diurética e purgativa. A casca da raiz é diurética e laxante. A planta é usada no tratamento de picada de cobra. As sementes contêm um óleo fixo, um princípio resinoso amargo e tanino.
C. ternatea é uma das 4 ervas tradicionais do Shanka Pushpi, um medicamento ayurvédico usado para promover a saúde neurológica. Mostra-se promissor em modelos animais devido aos efeitos de melhora da memória e tem um amplo espectro de benefícios neurológicos (antidepressão, ansiolítico, antipirético), mas mas não há evidências de que seja potente para essas últimas alegações.
Existem indícios de que pode ser saudável para as lipoproteínas hepáticas e circulantes e possível benefício dos diabéticos, inibindo a absorção de glicose na dieta.
Raízes, folhas e caules são usados com frequência na Ayurveda com propósitos ligeiramente diferentes. As raízes, amargas, são mais utilizadas como refrigerante, laxativa, intelectuais, diurética, anti-helmíntica, tônica e são úteis na demência, hemicrania, sensação de queimação, lepra, inflamação, leucodermia, bronquite, asma, tuberculose pulmonar, ascite e febre. As sementes são catárticas, enquanto as folhas são usadas na otalgia e hepatopatia.
A composição ainda não é muito bem conhecida. São destacados:
- Taraxerol (triterpenoide anti-inflamatório encontrada no taráxaco, utilizada em farmacologia).
- Compostos de antocianina à base de delfinidina ternatina.
- Esteroides possivelmente relacionados ao estigmast-4-eno-3,6-dione.
- Flavonoides, saponinas.
- Glicosídeos baseados em kaempferol e quercetina.
- Carboidratos nas sementes e folhas, principalmente mucilagem solúvel em água, flutuleno e oligossacarídeos.
- Uma composição de ácidos graxos consistindo principalmente de palmítico, esteárico, oleico e linoleico.
- Um biopesticida chamado finotin.
- Inibidores de tripsina nas sementes.
O teor total de fenólicos da C. ternatea é de aproximadamente 1,9mg / g (0,2%) equivalentes de ácido gálico (GAE), relativamente baixo comparado a outras ervas.
Colaboração
- Nélia Nascimento Santos (Salvador, BA) - Sítios Madrigais (imagem)
Referências
- Examine.com: Clitoria ternatea - Acesso em 26 de agosto de 2018
- Usefull Tropical Plants: Clitoria ternatea - Acesso em 26 de agosto de 2018
- Queensland Government: Clitoria ternatea - Acesso em 26 de agosto de 2018
- The Plant List: Clitoria ternatea - Acesso em 26 de agosto de 2018
GOOGLE IMAGES de Clitoria ternatea - Acesso em 26 de agosto de 2018