Nome em outros idiomas
- Inglês: california peppertree, mastic tree, peruvian peppertree
- Espanhol: lentisco
- Francês: lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou
- Alemão: pfefferstrauch
Origem, distribuição
S. molle é nativa da zona árida do norte da América do Sul e desertos andinos do Peru. Estendeu-se para Argentina e Chile. Atualmente está naturalizada ao redor do mundo onde é cultivada como planta ornamental e para produção de especiaria.
Descrição [2]
Planta arbustiva com folhas pontiagudas estreitas, cresce de 4 a 10 m de altura, com um tronco de 25 a 35 cm de diâmetro. Produz em abundância pequenas flores amareladas formadas em panículas que suportam um grande número de frutos vermelhos de tipo baga. Floresce entre os meses de agosto e novembro e a maturação dos frutos ocorre entre dezembro e janeiro, permanecendo na árvore até março.
É espécie autóctone da América Central e América do Sul. Também é encontrada em regiões subtropicais e tropicais dos EUA e África.
Na região Norte e América do Sul três espécies distintas - S. molle, S. aroeira e S. terebinthifolius - são indistintamente chamadas de "peppertree" (árvore-pimenteira). S. terebinthifolius é a conhecida aroeira-da-praia, planta da Farmacopeia Brasileira.
Uso popular e medicinal [1,2]
As bagas secas e torradas são usadas como substituto da pimenta, mas recomenda-se muita cautela pois a semente contém substâncias alergênicas que podem irritar a membrana mucosa.
Um óleo essencial destilado a partir da fruta é usado como um tempero em assados e doces. Os frutos são pulverizados e utilizado em uma bebida gelada não-alcoólica chamada "horchata" ou "orchata" na América do Sul. Um vinho é feito de galhos e outro das bagas.
Costuma-se mascar a goma que exsuda da casca. Sabe-se que essa goma tem sido utilizada para o tratamento de distúrbios digestivos e como um purgante conhecido como 'American Mastic'.
Outras propriedades atribuidas a aroeira são: antiemético (evita enjôos e náuseas), antirreumático e aperiente (estimula o apetite).
Todas as partes da árvore têm alto conteúdo de óleo e óleos essenciais que produzem um aroma picante. Suas folhas, cascas, frutos, sementes, resinas e oleorresinas (ou bálsamo) foram utilizadas medicinalmente pelos povos indígenas nas regiões tropicais. A planta aparece em artefatos religiosos de antigos índios chilenos.
Componentes [3]
- Planta toda: ácido 3-epimasticadienolálico, beta-espatuleno, ácido isomasticadienonálico, ácido isomasticadienônico.
- Fruto: alfa-pineno, cinza, beta-felandreno, beta-pineno, canfeno, carvacrol, cariofileno, d-limoneno, óleo essencial, etil-fenol, gordura, fibra, glucose, l-felandreno, mirceno, piperira, perilaldeido, proteina, sobrerol, silvestrine (?).
- Folha: beta-sitosterol, óleo essencial, kaempferol, leucodefinidina, miricetina, quercetina.
- Flor: óleo essencial
- Casca: fisetina, ácido gálico, ácido protocatequínico, tanino.
Outros usos [4]
A madeira é dura, pouco elástica, com alburno escuro, de excelente durabilidade. Útil na confecção de mourões, esteios, trabalhos de torno, obras hidráulicas e na construção civil. A casca pode servir para curtir couro e o córtex para produzir resina.
Por ser árvore ornamental e de pequeno porte, é amplamente empregada no paisagismo em geral.
Referências
- Plants for a Future: Schinus molle - Acesso em 3 de maio de 2015
- Tropical Plant Database: Brazilian peppertree - Acesso em 3 de maio de 2015
- Phytochemical and Ethnobotanical Databases: Schinus molle L - Acesso em 3 de maio de 2015
- Instituto Brasileiro de Florestas (IBF): Aroeira-salsa - Acesso em 3 de maio de 2015
- Imagem: Wikimedia Commons (Author: Squeezeweasel at en.wikipedia) - Acesso em 3 de maio de 2015
- The Plant List: Schinus molle - Acesso em 3 de maio de 2015
GOOGLE IMAGES de Schinus molle - Acesso em 3 de maio de 2015