Origem, distribuição
Parte meridional da América do Sul.
Descrição
Espécie subarbustiva ou arbustiva, perene, desenvolve-se em todo o País. Apresenta caule rizomatoso com ramos aéreos, retilíneos, verdes ou avermelhados. Folhas alternadas helicoidais, dispostas em nós, desprovidos de pecíolos e com o limbo lanceolado típico. Margem serrilhada, com exceção do ápice. Inflorescência terminal. As flores possuem corola amarelo-ouro.
Fruto seco do tipo aquênio, coroado por uma série de pelos sedosos de coloração amarelo-paleácea. A espécie pode ser reconhecida em campo por apresentar caules retilíneos. No ápice do caules, eleva-se a inflorescência amarela. Propaga-se por meio de sementes.
Uso popular e medicinal
Apesar de não terem sido ainda comprovadas cientificamente a eficácia e a segurança no emprego desta planta, sua utilização vem sendo feita com base na tradição popular de uma maneira crescente. É empregado externamente no tratamento de ferimentos, escoriações, traumatismos e contusões em substituição a Arnica Montana L.
A espécie vem sendo amplamente utilizada no Brasil principalmente na forma de extratos alcoólicos e infusões, sendo associada às propriedades antisséptica, analgésica, cicatrizante e anti-inflamatória.
Quanto à composição química de plantas do gênero Solidago é descrita a presença de terpenos, saponinas, ácidos fenólicos e altas quantidades de flavonoides principalmente quercetina, campferol e rutina. Análises da composição química de S. chilensis relatam que das raízes já foram isolados diterpenos do tipo labdano, além dos flavonoides quercetina e quercitrina, esse último majoritário das partes aéreas da planta.
Dosagem indicada
Tratamento de traumatismos e contusões. Aplicação direta sobre a área afetada com auxílio de um pedaço de algodão ou compressas embebidos na tintura ou maceração em álcool de suas folhas e rizomas.
Contraindicações
Por ser considerada tóxica, seu uso interno só deve ser feito com estrita indicação e acompanhamento médico.
Referências
- LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil - Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 2.ed. 2008.
- OLIVEIRA, F. ; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. Editora Atheneu, São Paulo, 1991.
- Farmacopeia Brasileira. Primeira edição.
- ALMEIDA, E. R. Plantas Medicinais Brasileiras. Editora Hemus, São Paulo (SP), 1993.
- MOREIRA, H.J.C; BRAGANÇA, H. B. N. Manual de Identificação de Plantas Infestantes. FMC Agricultural Products, São Paulo (SP), 2011.
- Revista Brasileira de Plantas Medicinais: Efeitos farmacológicos do extrato aquoso de Solidago chilensis Meyen em camundongos - Acesso em 19 de abril de 2015
- Imagem: RIGOTTI, M. Plantas Medicinais: Botânica, Cultivo e Utilização. CD-ROM, 2a ed. 2009.
- The Plant List: Solidago chilensis - Acesso em 19 de abril de 2015
GOOGLE IMAGES de Solidago chilensis - Acesso em 19 de abril de 2015