Plantas Medicinais - Aromáticas - Condimentares
Published on Plantas Medicinais - Aromáticas - Condimentares (https://www.ppmac.org)

Início > Azeitona, oliveira

Azeitona, oliveira [1]

Enviado por Sergio Sigrist em dom, 31/05/2015 - 8:33am
Nome científico: 
Olea europaea L.
Família: 
Oleaceae
Sinonímia científica: 
Olea argentata Clemente ex Steud.
Partes usadas: 
Fruto, folha.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Compostos fenólicos (oleuropeina), ácidos graxos (oleico, linoleico, palmítico, eicosenoico, palmitoleico), esqualeno, aldeídos (hexanal, hexenal), carotenoides (β-caroteno etc.).
Propriedade terapêutica: 
Febrífuga, hipotensora.
Indicação terapêutica: 
Purgativo suave, pressão arterial elevada, osteoporose.
tags: 
Hipertensão - hipotensão [2]
Osteoporose [3]

Nome em outros idiomas

  • ​Inglês, Francês, Alemão: olive
  • Espanhol, Italiano: oliva

Origem, distribuição
​Ásia ocidental.

Descrição
Olea europea é árvore de folhas pequenas, perenes, muito cultivada em toda a região do Mediterrâneo. No Brasil o fruto é conhecido por "azeitona" e a árvore por "oliveira". Conservadas em sal, azeitonas são utilizadas como alimento e sobretudo para a elaboração do azeite. São apreciadas como aperitivo. 

Uso popular e medicinal
Azeitona tem alto poder nutritivo devido aos sais minerais, ácidos orgânicos, enzimas e vitaminas do complexo B. 

Além de larga aplicação alimentar, o azeite de oliva costuma seu utilizado como purgativo suave e externamente, sob a forma de unguentos e pomadas. A diferença entre pomada e unguento é que este último passa a receber tal denominação a partir do momento em que à pomada é anexada uma substância resinosa, como ocorre com o unguento de basilicão.

Recomenda-se tomar o cozimento das folhas de oliveira como forma de combater a pressão arterial elevada. A medicina utiliza tais folhas, de sabor amargo e adstringente, por serem portadoras de substâncias de comprovada ação febrífuga e diminuidora da pressão sanguínea [1].

A característica hipotensora da oliveira deve-se ao composto fenólico denominado oleuropeina, presente nas folhas e frutos. Como todos os óleos vegetais, o azeite de oliva é composto tipicamente de ácidos graxos. São encontrados o ácido oleico (66 %), linoleico (12 %), palmítico (9%), eicosenoico (5 %) e palmitoleico (5 %). O azeite de oliva pode conter até 1,5% de esqualeno, um hidrocarboneto triterpeno.

O sabor do azeite é dominado por aldeídos (hexanal e 2-hexenal). Os aldeídos superiores, álcoois primários (compostos principalmente de hexanol, 2-hexeno-1-ol, 3-hexeno-1-ol) e os seus ésteres de ácido acético contribuem para o aroma característico do azeite, além de hemiterpenoides (ou terpenóidese menores): butanal 3-metil, 4-metoxi-2-metil-butanotiol, ésteres etílicos de ácido 2- e 3-metil-butírico.

A cor típica do azeite é devido a pigmentos vegetais da série carotenóide (β-caroteno, fitoflueno, ξ-caroteno, luteína, auroxantina, luteoxantina, violaxantina, neoxantina, neochrome), que contribuem com as tonalidades amarela e verde. O teor de clorofila é elevado: 10 ppm [2].

A oleuropeina pode ser um aliado no combate a osteoporose, doença que fragiliza os ossos. Um estudo realizado na Universidade de Córdoba (Espanha) revelou que essa substância aumenta a quantidade de osteoblastos, justamente as células que fabricam ossos novos e que, em pessoas mais idosas, têm produtividade reduzida. O estudo apoia-se em pesquisas que mostram que a incidência de osteoporose na Europa é mais baixa nos países mediterrâneos, cujos povos seguem a tradicional "Dieta do Mediterrâneo" rica em frutas, vegetais e associada a alta ingestão de azeitonas e azeite.

Conclui-se que seja recomendável acrescentar o azeite e a azeitona ao cardápio. A ingestão moderada desses alimentos tem ação anti-inflamatória, antioxidante e possivelmente exerce alguma influência sobre o tecido ósseo, aumentando a formação óssea e reduzindo o acúmulo de gorduras na medula [3].

Outros usos [1]
A madeira da oliveira é raramente utilizada por ser considerada antieconômica, embora seja excelente para a fabricação de móveis e objetos finos. Na Grécia clássica era comum seu uso na confecção des cetros, escudos de combate e imagens de deuses.

 Referências

  1. QUEIROZ, R. G. O mundo mágico das plantas. Thesaurus Editora, Brasília (DF), 2003.
  2. Gernot Katzer`s Spice Page: Olive [4] - Acesso em 31 de maio de 2015
  3. Sociedade Brasileira de Reumatologia: Azeitonas e azeites na prevenção da perda óssea [5] - Acesso em 31 de maio de 2015
  4. Image: Oliven [6] (© Silvana und Konis Seiten)- Acesso em 31 de maio de 2015
  5. The Plant List: Olea europaea [7] - Acesso em 31 de maio de 2015

GOOGLE IMAGES de Olea europaea [8] - Acesso em 31 de maio de 2015

 

[9]
Home Comunidade  
Sobre PPMAC  Repositório  
Histórico Notícias  
Colaboradores Dicas de Saúde  
Nossas Plantas Sugestão de Assinantes  
Blog Fornecedores de muda, semente, óleo essencial  
Newsletter Cursos de Fitoterapia  
Entre em contato     
Login    

Source URL:https://www.ppmac.org/content/azeitona-oliveira

Links
[1] https://www.ppmac.org/content/azeitona-oliveira [2] https://www.ppmac.org/tags/hipertensao [3] https://www.ppmac.org/tags/osteoporose [4] http://gernot-katzers-spice-pages.com/engl/Olea_eur.html [5] http://www.reumatologia.com.br/index.asp?Perfil=&Menu=DoencasOrientacoes&Pagina=noticias/in_noticias_resultados.asp&IDNoticia=99 [6] http://homepage.bluewin.ch/koniberg/ [7] http://www.theplantlist.org/tpl1.1/record/kew-355112 [8] https://www.google.co.uk/search?q=%22Olea+europaea%22&tbm=isch&gws_rd=ssl [9] https://www.ppmac.org/sites/default/files/azeitona.jpg