Babosa

Nome científico: 
Aloe vera (L.) Burm.f.
Família: 
Xanthorrhoeaceae
Sinonímia científica: 
Aloe barbadensis Mill.
Partes usadas: 
Folha, polpa, seiva.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Enzimas, aminoácidos essenciais e não-essenciais, ácidos graxos, triglicérides, esteróis, sais e ácidos orgânicos, vitaminas (A, C, B1, B2, B5, B12), sais minerais.
Propriedade terapêutica: 
Emoliente, resolutivo, antioftálmica, vulnerária, vermífuga, cicatrizante.
Indicação terapêutica: 
Queda de cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate a piolho e lêndea, inflamação, queimadura, eczema, erisipela, retite hemorroidal, entorse, contusão, dor reumática.

Planta da Farmacopeia Brasileira
O gel e a pomada de babosa têm uso científico comprovado como cicatrizante. Confira o extrato para obtenção de geis, pomadas e cremes na monografia.

Origem, distribuição

Provavelmente nativa do norte da África, Península Arábica e Ilhas Canárias. Amplamente cultivada em regiões tropicais, subtropicais e semiáridas do mundo. Encontrada na Índia, China, México, Caribe, Mediterrâneo, América do Sul e África.

Muito difundida como planta medicinal e ornamental, tanto em cultivo comercial quanto doméstico.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: Aloe vera, true aloe
  • Espanhol: sábila, áloe de Barbados
  • Francês: aloès, aloès vrai
  • Alemão: echte aloe, Aloe vera
  • Italiano: aloe, Aloe vera

Descrição

Planta herbácea, suculenta, perene, sem caule ou com caule muito curto. Folhas carnudas, lanceoladas, em roseta basal, de coloração verde a verde-acinzentada, podendo apresentar manchas esbranquiçadas quando jovens. As margens possuem espinhos cartilaginosos.

A Inflorescência ocorre em haste ereta (até 90 cm), racemosa, surgindo acima da roseta de folhas. As flores são tubulosas, pendentes, de coloração amarelo-alaranjada.

O fruto é uma cápsula loculicida, que se abre liberando sementes pequenas, achatadas e de coloração marrom-escura.

O sistema radicular é fasciculado, relativamente superficial, adaptado a solos arenosos e secos.

Uso popular e medicinal
O suco das folhas é emoliente e resolutivo quando aplicado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno).

A folha despida de cutícula é um supositório nas retites hemorroidais. É utilizada externamente em entorses, contusões e dores reumáticas.

 Dosagem indicada 
Anti-helmíntico. Suco: uso interno do suco fresco, como anti-helmíntico.

Queimaduras. Cataplasma: aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.

Retites hemorroidais. Supositório: em retites hemorroidais.

Laxante. Resina: é a mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base cortada para baixo por 1 ou 2 dias. Esse sumo é seco ao fogo ou ao sol, quando bem seco pode ser transformado em pó dissolvido em água com açúcar, como laxante.

Contusões, entorces e dores reumáticas. Tintura: usam-se 50 g de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água. A tintura é coada em seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e massagens nas contusões, entorces e dores reumáticas.

Queda de cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate a piolhos e lêndeas. Lave as folhas frescas, tire a casca, ficando somente com a polpa gosmenta e amarelada. Coloque 1 porção de polpa amarelada em um copo de água fervente, abafe por 15 minutos e coe com uma peneira. Lave a cabeça e, em seguida, aplique a gosma no couro cabeludo, massageando ligeiramente. Deixe agir por 1 hora. Enxague a cabeça com água quente ou morna. No caso de piolhos ou lêndeas, passar o pente fino em seguida.

 Toxicologia
Não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação ou gravidez. Também deve ser evitada nos estados hemorroidários. Não usar internamente em crianças.

 Colaboração

  • Sérgio Antonio Barraca, estudante de graduação da ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Julho de 1999.

 Referência

  1. ESALQ/USP: Cultivo de Horta Medicinal - Acesso em 10 de maio de 2015
  2. PANNIZZA, S. Plantas que Curam. Ibrasa, São Paulo (SP). 1997.
  3. Scribd: Aloe vera - Babosa - Acesso em 10 de maio de 2015
  4. Terapia da Vida: Aloe vera e seu princípio ativo - Acesso em 10 de maio de 2015
  5. Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO): Cultivo de três espécies de babosa - Acesso em 10 de maio de 2015
  6. WFO Plant List: Aloe vera - Acesso em 3 de setembro de 2025
  7. Photo by David J. Stang, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons (no changes were made)

GOOGLE IMAGES de Aloe vera - Acesso em 10 de maio de 2015