
![]() |
Planta da Farmacopeia Brasileira |
Origem, distribuição
Provavelmente nativa do norte da África, Península Arábica e Ilhas Canárias. Amplamente cultivada em regiões tropicais, subtropicais e semiáridas do mundo. Encontrada na Índia, China, México, Caribe, Mediterrâneo, América do Sul e África.
Muito difundida como planta medicinal e ornamental, tanto em cultivo comercial quanto doméstico.
Nome em outros idiomas
- Inglês: Aloe vera, true aloe
- Espanhol: sábila, áloe de Barbados
- Francês: aloès, aloès vrai
- Alemão: echte aloe, Aloe vera
- Italiano: aloe, Aloe vera
Descrição
Planta herbácea, suculenta, perene, sem caule ou com caule muito curto. Folhas carnudas, lanceoladas, em roseta basal, de coloração verde a verde-acinzentada, podendo apresentar manchas esbranquiçadas quando jovens. As margens possuem espinhos cartilaginosos.
A Inflorescência ocorre em haste ereta (até 90 cm), racemosa, surgindo acima da roseta de folhas. As flores são tubulosas, pendentes, de coloração amarelo-alaranjada.
O fruto é uma cápsula loculicida, que se abre liberando sementes pequenas, achatadas e de coloração marrom-escura.
O sistema radicular é fasciculado, relativamente superficial, adaptado a solos arenosos e secos.
Uso popular e medicinal
O suco das folhas é emoliente e resolutivo quando aplicado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno).
A folha despida de cutícula é um supositório nas retites hemorroidais. É utilizada externamente em entorses, contusões e dores reumáticas.
Dosagem indicada
Anti-helmíntico. Suco: uso interno do suco fresco, como anti-helmíntico.
Queimaduras. Cataplasma: aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.
Retites hemorroidais. Supositório: em retites hemorroidais.
Laxante. Resina: é a mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base cortada para baixo por 1 ou 2 dias. Esse sumo é seco ao fogo ou ao sol, quando bem seco pode ser transformado em pó dissolvido em água com açúcar, como laxante.
Contusões, entorces e dores reumáticas. Tintura: usam-se 50 g de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água. A tintura é coada em seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e massagens nas contusões, entorces e dores reumáticas.
Queda de cabelo, caspa, brilho no cabelo, combate a piolhos e lêndeas. Lave as folhas frescas, tire a casca, ficando somente com a polpa gosmenta e amarelada. Coloque 1 porção de polpa amarelada em um copo de água fervente, abafe por 15 minutos e coe com uma peneira. Lave a cabeça e, em seguida, aplique a gosma no couro cabeludo, massageando ligeiramente. Deixe agir por 1 hora. Enxague a cabeça com água quente ou morna. No caso de piolhos ou lêndeas, passar o pente fino em seguida.
Toxicologia
Não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação ou gravidez. Também deve ser evitada nos estados hemorroidários. Não usar internamente em crianças.
Colaboração
- Sérgio Antonio Barraca, estudante de graduação da ESALQ/USP, Piracicaba (SP). Julho de 1999.
Referência
- ESALQ/USP: Cultivo de Horta Medicinal - Acesso em 10 de maio de 2015
- PANNIZZA, S. Plantas que Curam. Ibrasa, São Paulo (SP). 1997.
- Scribd: Aloe vera - Babosa - Acesso em 10 de maio de 2015
- Terapia da Vida: Aloe vera e seu princípio ativo - Acesso em 10 de maio de 2015
- Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO): Cultivo de três espécies de babosa - Acesso em 10 de maio de 2015
- WFO Plant List: Aloe vera - Acesso em 3 de setembro de 2025
- Photo by David J. Stang, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons (no changes were made)
GOOGLE IMAGES de Aloe vera - Acesso em 10 de maio de 2015