Nome em outros idiomas
- Inglês: string beans, snap beans (EUA), fine beans (Grã-Bretanha)
- Francês: haricots verts, french beans, french green beans
- Alemão: bohne, brechbohne, gartenbohne, stangenbohne, wachsbohne
Origem, distribuição [3]
Feijão-verde, assim como os tipos mais comuns de feijão (feijão-branco, feijão-preto, carioquinha, fradinho, feijão-de-corda, jalo, jalo-grosso, rosinha, mulatinho) são todos conhecidos pelo nome científico Phaseolus vulgaris, provavelmente devido a um ancestral comum que se originou no Peru, de onde se espalhou por toda a América do Sul e Central. Atualmente encontra-se em todas as partes do mundo.
Descrição
Planta terreste, anual, caule aéreo escandente (apoia-se em algum suporte, por enrolamento, mas sem gavinhas que o prendam).
Folhas pecioladas, compostas, alternadas (uma folha por nó ao longo do caule), folíolos laterais de pedúnculo curto, inteiros e de nervuras pedalinérveas.
As flores saem das axilas das folhas em forma de cachos curtos. Flor bilateralmente simétrica, quase sempre brancas, vexilar, com 2 pétalas. Tem 10 estames e 1 carpelo que forma uma vagem alongada com muitas sementes (ou legume), como a ervilha [2,4].
O feijão-verde corresponde às vagens próximo da maturidade, ou seja, quando param de acumular fotossintados e iniciam o processo de desidratação natural (umidade em torno de 60 %). Nesse estágio as vagens ficam entumescidas e sofrem leve mudança de tonalidade (verde ou roxa). O grão é colhido e usado para consumo ou comercialização na forma de vagem ou grão debulhado [1].
Uso popular e medicinal [2]
As formas farmacêuticas comuns são tisanas, pó ou decocto das sementes (cozido como alimento).
Tem ação diurética e hipoglicêmica, recomendada na dieta alimentar dos diabéticos. As tisanas são empregadas nas afecções renais e cardíacas. Emplastos dos grãos cozidos são utilizados nas dores reumáticas, ciática e nevralgias.
Tem aminoácidos (arginina e asparagina), vitaminas BI, B2 e C, amido e substâncias minerais cálcio, magnésio, ferro e manganês, ácidos pantotênico (coenzima A), tirosina, leucina.
Cuidado
É contraindicado em pessoas com dificuldades digestivas. Feijão-verde pode causar flatulências. É contraindicado em pacientes com nefrite, hepatite e gota.
Culinária [1]
O consumo de feijão-verde é uma tradição na região Nordeste do Brasil, fazendo parte de vários pratos típicos como o baião-de-dois (feijão-caupi com arroz e queijo coalho), feijão tropeiro (feijão-caupi com bacon, ovos, farinha de mandioca ou de milho e pimenta-de-cheiro), mugunzá (feijão com milho, mocotó, toucinho e orelha de porco), arrumadinho (feijão com farinha de mandioca e carne de charque) e salada (feijão-caupi com tomate, cebola e pimentão).
Com caldo ralo e casca fina, o feijão-branco é usado em pratos como saladas, sopas e ensopados, além de ser servido com dobradinha (ou buchada), muito apreciado em São Paulo e Rio Grande do Sul.
O fradinho não produz caldo, é utilizado em saladas e muito consumido na Bahia no famoso acarajé.
Referências
- Agência EMBRAPA de Informação Tecnológica: Grãos verdes - Acesso em 12 abril 2015
- GRANDI, T. S. M. Tratado das Plantas Medicinais - Mineiras, Nativas e Cultivadas. Adaequatio Estúdio, Belo Horizonte. 2014.
- The World´s Healthiest Foods: Green beans - Acesso em 12 abril 2015
- Go Botany: Phaseolus vulgaris - Acesso em 12 abril 2015
- Imagem: Forest & Kim Starr - Acesso em 12 abril 2015
- The Plant List: Phaseolus vulgaris - Acesso em 12 abril 2015
GOOGLE IMAGES de Phaseolus vulgaris - Acesso em 12 abril 2015