Nome em outros idiomas
- Inglês: Tasmanian blue gum, southern blue gum, blue gum
- Espanhol: eucalipto blanco, eucalipto común, eucalipto azul
- Alemão: fieberbaum, blaugummibaum
- Francês: eucalyptus
Origem, distribuição
Espécie originária da Tasmânia, é cultivada no Estado do Rio Grande do Sul em parques, beira de estradas, como quebra-vento e para obtenção de madeira.
Descrição
Árvore de grande porte, tronco frequentemente retorcido, com casca lisa e caduca, cinzenta. Folhas dos ramos jovens opostas-cruzadas, sésseis, verde-acinzentado-esbranquiçadas, em ramos quadrangulares. Folhas adultas alternas, pecioladas, verde-brilhantes, lanceoladas, falciformes, de até 30cm de comprimento.
Flores hermafroditas, actinomorfas, brancas, vistosas, solitárias, axilares, sésseis ou quase, abrindo-se através da queda de uma tampa (opérculo) por uma linha transversal, deixando ver numerosos estames longos, amarelados. O fruto é uma cápsula cônica, truncada, quadrangular, rugosa externamente, com até 3cm de diâmetro.
Uso popular e medicinal
Internamente as folhas e o seu óleo são antisséptico das vias respiratórias, expectorante, balsâmico, anticatarral e hipoglicemiante. Externamente, como cicatrizante e antisséptico.
O óleo de eucalipto é comercializado em associação com mentol, cânfora, etc. sob várias formas farmacêuticas para tratamento de distúrbios respiratórios.
Os óleos essenciais extraídos das suas folhas, comercializados sob a designação de cineol (cineole ou eucaliptol), são utilizados em confeitaria, produzindo um efeito refrescante e dilatador dos brônquios semelhante ao mentol. A República Popular da China é o maior produtor mundial de cineol.
Outros usos
De valor incomparável pela rapidez do crescimento, qualidade da madeira e facilidade de aclimação, serve para reflorestamento, secagem de pântanos e construções em geral.
A árvore é extensamente cultivada em outras regiões de clima temperado, entre as quais a região mediterrânica da Europa, sendo também a espécie florestal mais cultivada em Portugal, onde fornece a maior parte da matéria-prima para produção de pasta de papel. A sua madeira é também utilizada para lenha, produzindo um biocombustível de boa qualidade.
Nota Atualmente é considerada espécie invasora devido a capacidade de se implantar rapidamente em outros habitats, substituindo a vegetação nativa. Como o eucalipto consegue absorver grande quantidade de água no verão, apresenta vantagem competitiva sobre as demais espécies vegetais, com consequências nefastas para a biodiversidade das florestas. Outra polêmica em torno desta espécie são os incêndios florestais, um flagelo recorrente em várias regiões na época de verão. |
Colaboração
- Marcos Guião (São Gonçalo do Rio das Pedras, MG), 2016.
- Rosa Lúcia Dutra Ramos, Bióloga (Porto Alegre, RS), 2013.
- Martha Batista de Lima, Professora, Terapêuta Naturalista (Florianópolis, SC), 2007.
Referências
- SIMÕES, C.M. O. et alli. Plantas da Medicina Popular no Rio Grande do Sul. Editora UFRGS, Porto Alegre, 1998.
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): Método para obtenção de um extrato rico em ácidos triterpênicos a partir da casca de eucalipto - Acesso em 10 de janeiro de 2016
- Wikipédia: Eucalyptus globulus - Acesso em 10 de janeiro de 2016
- The Plant Lisst: Eucalyptus globulus - Acesso em 10 de janeiro de 2016