Cardo-mariano

Nome científico: 
Silybum marianum (L.) Gaertn
Família: 
Compositae
Sinonímia científica: 
Carthamus maculatus (Scop.) Lam.
Partes usadas: 
Raízes, folhas, sementes e frutos.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Silimarina, silibina, flavonoides, esteroides, ácido fumárico e flavonolignanas.
Propriedade terapêutica: 
Adstringente, colagogo, amargo, sudorífico, diurético, emético, emenagogo, hepático, estimulante estomacal e tônico.
Indicação terapêutica: 
Doenças do fígado (hepatite, cirrose), vesícula biliar, depressão.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: blessed milkthistle, milk thistle, holy thistle 
  • Alemão: mariendistel
  • Francês: chardon Marie, chardon-marie commune, lait de Notre-Dame, silybe, silybum marial
  • Italiano: cardo mariano​
  • Espanhol: cardo mariano, cardo borriquero, cardo lechal

Origem, distribuição
Acredita-se que Silybum marianum seja nativa das Ilhas Canárias. 

Descrição
A planta varia em tamanho de 0,30 a 1,80 m, tem hastes verdes e variadas, folhas grandes e espinhosas. Capítulos vermelho-púrpura, raramente branco. Brácteas externas envolvidas com um apêndice de 8-15 mm e coluna recurvada. Esta planta é tóxica para o gado.

Origem do nome
Silybum vem do grego "sylibon", "silybos", antigo nome de um cardo com hastes comestíveis. "Cardo" é um nome comum dado a várias plantas com folhas e hastes espinhosas. Marianum é homenagem a Virgem Maria.

Uso popular e medicinal
Cardo-mariano tem uma longa história de uso no Ocidente para depressão e problemas hepáticos. Pesquisas têm confirmado que ele tem uma notável capacidade de proteger o fígado de intoxicação e de danos resultantes da ingestão de bebidas alcoólicas. 

É usada internamente no tratamento de doenças do fígado e vesícula biliar. É considerado eficaz pela German Commission E Monographsum guia terapêutico da medicina de ervas da Alemanha.

A planta é colhida quando em flor e seca para uso futuro. Silimarina (um componente de flavonoide da semente) atua sobre as membranas das células do fígado que impedem a entrada de compostos tóxicos, evitando danos nas células. Também melhora sensivelmente a regeneração do fígado em hepatite, cirrose, envenenamento por cogumelos e outras doenças do fígado. 

Uma pesquisa alemã aponta que a silibina é clinicamente útil no tratamento de envenenamento por cogumelos Amanita grave. Os extratos de sementes são produzidas comercialmente na Europa.

A regeneração do fígado é particularmente importante no tratamento de câncer uma vez que esta doença é sempre caracterizada por um fígado severamente comprometido e muitas vezes parcialmente destruído. Um remédio homeopático é obtido a partir de partes iguais de raiz e semente com suas cascas ainda ligadas. É utilizada no tratamento de distúrbios hepáticos e abdominal.

 Riscos conhecidos
Quando cultivadas em solos ricos em nitrogênio, especialmente aqueles que foram alimentados com fertilizantes químicos, esta planta pode concentrar nitratos nas folhas, que podem favorecer câncer de estômago.

 Referências

  1. Plants for a Future: Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015
  2. Flora vascular de Canarias: Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015
  3. Henriette's Herbal Homepage: Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015
  4. Wikipedia: Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015
  5. Imagem: UBC Botanical GardenCalPhotos - Acesso em 20 de setembro de 2015
  6. The Plant List: Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015

GOOGLE IMAGES de Silybum marianum - Acesso em 20 de setembro de 2015