Um banco de dados com mais de 54 mil compostos oriundos da biodiversidade brasileira foi criado por meio de uma colaboração entre o Instituto de Química da UNESP (Araraquara) e o Chemical Abstracts Service (CAS) – divisão da Sociedade Americana de Química. Trata-se do NuBBE Database, banco de dados do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais.
O trabalho acaba de ser concluído e o Brasil passa a ser detentor da segunda maior base de dados sobre produtos naturais do mundo (China é o primeiro). O repositório reúne ocorrência, estrutura química, dados analíticos, química medicinal e relação de artigos publicados sobre cada elemento.
O acesso amplo e aberto da comunidade científica ao banco de dados é essencial para o avanço da ciência e tecnologia no país. O Brasil tem enorme potencial para a produção de conhecimento e de produtos com valor agregado – incluindo medicamentos naturais ou derivados, suplementos alimentares, cosméticos e materiais para controle de pragas e parasitas agrícolas. A sistematização das informações traz maior eficiência à pesquisa, pois evita a repetição de estudos e facilita a formulação de novas hipóteses com base em descobertas anteriores.
Esse banco de dados é considerado estratégico para ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira.
Essa foi a primeira vez que o CAS realizou o licenciamento (doação) para uma base de acesso público como a do NuBBE. Geralmente a entidade cobra pelo acesso aos seus dados.
O artigo original foi publicado pela Agência Fapesp (14/02/2020)