Medicina alopática x medicina alternativa!

Luiz Carlos Leme Franco, Médico.
Curitiba (PR), novembro de 2003.

Medicina Alternativa, complementária, integrante, é a medicina na qual a medicação e tratamento não se restringem aos produtos químicos e técnicas usualmente utilizados pela medicina chamada convencional, tradicional ou clássica.

No entanto a procura da causa da doença, moléstia ou patologia é feita com a mesma arte e ciência daquela e exige legalmente um médico para esta busca, inclusive para segurança do necessitado.

Algumas destas medicinas são reconhecidas oficialmente no Brasil, como a acupuntura e a homeopatia. Outras, ainda não, como a fitoterapia, bastante usada no mundo todo. Porém o Conselho de Medicina a reconhece como um modo de curar válido a ser utilizado por todo médico de qualquer especialidade porque, na verdade, é a mesma medicina alopática conhecida, só que, ao invés de se usar remédios químicos, o médico (e só o médico pode fazê-lo) lança mão de drogas vegetais com princípios ativos reconhecidamente eficazes e eficientes.

Estas substâncias, que em princípio são químicas também, são estudadas pela farmacognosia dos cursos de Farmácia e têm venda legalizada e sob fiscalização do Ministério da Saúde. São remédios, e como remédios é que devem ser usadas e não como chazinhos mágicos.

As plantas também não têm mecanismos de ação diferentes da nossa medicina clássica, como ocorre na homeopatia que estimula energeticamente, com substâncias, o corpo a fazer seu tratamento, ou a acupuntura que estimula estruturas do nosso corpo, principalmente com agulhas, visando equilíbrio da mesma energia.

A Fitoterapia, ou tratamento com as plantas medicinais, conhecida há milênios e muito usada pelos gregos e romanos, trata também a causa da patologia, seguindo a mesma filosofia da medicina tradicional ocidental. É então, alopática também, deixando de ser, segundo alguns, medicina alternativa.

O mundo está usando cada vez esta medicina alternativa, não porque a clássica faliu ou não serve mais, mas porque a procura pelo diferente - carro, casa, diversões - é inerente ao homem, e além do mais ainda é mais barata e de fácil acesso que o medicamento comum, na mão de grandes conglomerados econômicos.

A Ciência que documenta os medicamentos da medicina clássica é a mesma que dá credibilidade e certifica as plantas que podem ser usadas como medicamento sem comprometer (mais) o bem-estar de uma pessoa já doente, pois são estas que precisam de medicamento, inclusive fitoterápicos.

Por outro lado, muitas vezes, as plantas usadas somente segundo o conhecimento ou sugestão popular pode trazer mais problemas que cura: elas podem, como qualquer remédio, ter efeitos adversos. Precisam então ser usadas com critérios. Consulte sempre um médico.


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