Mamona-selvagem

Nome científico: 
Baliospermum solanifolium (Burm.) Suresh
Família: 
Euphorbiaceae
Sinonímia científica: 
Croton roxburghii Wall.
Partes usadas: 
Raíz, semente, folha, óleo da semente, casca do caule.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
ß-sitosterol, triterpenoides, glicosídeos resinosos, forbol, ésteres
Propriedade terapêutica: 
Purgativas, anti-helmíntica, carminativa, rubefaciente, anódinas.
Indicação terapêutica: 
Anemia, asma, conjuntivite, cólera, constipação, cálculo, diarreia, doenças de pele, dor abdominal, febre, ferida, hemorroidas, icterícia, inchaço, picada de cobra, sarna etc.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: red physic nut, wild castor, wild croton, wild sultan seed

Origem, distribuição

Ásia oriental: sul da China, subcontinente indiano, Mianmar, Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã, Malásia, Indonésia.

Descrição [3]

Mamona-selvagem é um sub-arbusto entroncado cuja altura vai de 10 cm a 8 m de altura.

As folhas são simples, dentadas, com ondulações. As folhas superiores são pequenas, as inferiores grandes, às vezes palmadas 3-5 lobadas, 3-30 cm de comprimento, 1,5-15 cm de largura.

Flores masculinas e femininas são separadas, vistas no mesmo ramo de floração, diminutas, com cerca de 3 mm de diâmetro, amarelo esverdeado, dispostas em racemos axilares e terminais, espículas ou fascículos. 

As sementes têm a forma de ovo.

Uso popular e medicinal

Raízes, sementes, folhas e óleo de semente são usados para tratar icterícia, constipação, hemorroidas, anemia, conjuntivite. 

As raízes são purgativas, anti-helmínticas, carminativas, rubefacientes e anódinas. Servem no tratamento de dor abdominal, constipação, cálculo, anasarca (inchaço por todo o corpo), hemorroidas, infestação por helmintos, sarna e doenças de pele.

A pasta da raiz é aplicada externamente em inchaços e hemorroidas dolorosas.

A decocção das folhas serve como purgante. As folhas são usadas para aliviar a asma. As sementes são drásticas (produzem intensa evacuação) e purgativas. São indicadas contra picadas de cobra [2].

Povos tribais da Índia usaram várias partes deste vegetal contra o envenenamento por cobra e para tratar a infertilidade, febre e feridas. 

Externamente a casca do caule é usada em entorses, contusões e inchaços reumáticos; e internamente na cólera, diarreia, malária, icterícia, estômago, problemas urinários, contra picada de cobra, inflamação etc.

Um estudo avaliou a atividade antimicrobiana da casca do caule. Os autores atestam que o extrato da droga de teste em diferentes concentrações foi eficaz contra cepas Gram positivas, Gram negativas e fúngicas. Justificam os alegados usos étnicos do caule externamente em micose, escorbuto, hematomas e para tratar várias doenças infecciosas causadas por micróbios [1].

Fitoconstituintes: contém ß-sitosterol, triterpenoides, glicosídeos resinosos, forbol, ésteres [4].

 Referências

  1. Patel Esha, Padiya RH, Acharya RN (2013), Antimicrobial evaluation of Croton roxburghii stem bark, Global J Res. Med. Plants & Indigen. Med. , Volume 2(5): 357 –  364 - Acesso em 01/08/2021
  2. Tropical Plants Database (Ken Fern): Baliospermum solanifolium - Acesso em 01/08/2021
  3. Flowers of India: Red physic nut - Acesso em 01/08/2021
  4. AIMIL Pharmaceuticals (India): danti - Acesso em 01/08/2021
  5. Image: Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported (Author: Vinayaraj) - Acesso em 01/08/2021
  6. The Plant List: Baliospermum solanifolium - Acesso em 01/08/2021

GOOGLE IMAGES de Baliospermum solanifolium - Acesso em 01/08/2021