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Planta da Farmacopeia Brasileira |
Origem, distribuição
América do Sul. Vegeta no Brasil nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Descrição
Planta herbácea de aproximadamente 1 m de altura. Caule, ramos e folhas são cobertos por pelos esbranquiçados. Folhas lineares com largura de até 1,5 cm e 10 a 15 cm de comprimento. Flores em número de 5 a 10 reunidas em inflorescência do tipo capítulo, de coloração amarela-clara. Fruto do tipo aquênio de aproximadamente 0,5 cm.
A reprodução é por sementes. A planta é muito resistente e pouco exigente em solo e água. É invasora comum em terrenos baldios, pastos e campos agrícolas abandonados.
É tradição colher as flores da macela na semana santa, especialmente sexta-feira.
Achyrocline (do grego "akhyron") significa palha e "cline" quer dizer cama; satureioides é relativo a "satureira", nome latino usado por Plínio para uma planta.
Uso popular e medicinal
Os egípcios dedicavam a macela ao Sol e prezavam-na mais do que todas as outras devido às suas propriedades curativas, enquanto os médicos gregos a receitavam para febres e perturbações femininas.
O seu aroma relaxante foi usado em inalações ou fumado para aliviar a asma e curar a insônia. É indicada contra tosse espasmódica, arteriosclerose e hipercolesterolemia. Estimulante da circulação capilar, contra queda de cabelos, peles e cabelos delicados. Popularmente utilizada para clarear cabelos e como protetor solar.
Os flavonoides atuam como estimulantes da circulação, reduzindo a fragilidade dos capilares. Sua pronta absorção através da camada cutânea da pele tem demonstrado aumentar a circulação sanguínea periférica.
Em pesquisas realizadas com o extrato aquoso, foram demonstradas as atividades colinolíticas e miorrelaxante. Além disso, sugerem um efeito sedativo nas doses de 250 a 500mg / kg, via oral e intraperitoneal.
A atividade antiviral desta planta foi relacionada com a presença predominante de compostos flavonóidicos, principalmente 3-0-metilflavonas. As saponinas do grupo oleanano agem em nível da inibição da síntese do DNA do vírus herpético tipo 1.
Contraindicação
Seu uso é contraindicado às pessoas sensíveis à erva.
Dosagem indicada
- Antidispéptico, anti-inflamatório, antiespasmódico. Preparar por infusão: 1,5 g de sumidades floridas secas, 150 mL água q.s.p [6].
- Digestivo (uso interno, como infuso): 10 g de flores em 1 litro de água. Tomar 3 a 4 vezes ao dia, preferencialmente após as refeições.
- Uso externo (infuso): 30 g de flores em 1 litro de água. Aplicar na forma de compressas, 3 a 4 vezes ao dia.
- Xampus, sabonetes: 2 - 5% de extrato glicólico.
- Enxague para clarear os cabelos: infuso a 5%.
Referências
- BREMNESS, L. Plantas Aromáticas. São Paulo: Civilização, 1993, p. 34.
- CARIBÉ, J.; CAMPOS, J. M. Plantas que ajudam o homem. São Paulo: Pensamento, 11ª edição, 1999, p.185.
- KISSMANN, K. G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. São Paulo: BASF, 1ª edição, 1992, p. 145-147.
- MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais. Viçosa: UFV, 2000, p.144-145.
- Revista Fitos (2009). Plantas Medicinais Brasileiras: Achyrocline satureioides - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 2011.
- Imagem: Flora Digital (Autora: Rosângela Gonçalves Rolim) - Acesso em 8 de janeiro de 2017
- The Plant List: Achyrocline satureioides - Acesso em 8 de janeiro de 2017
GOOGLE IMAGES de Achyrocline satureioides - Acesso em 8 de janeiro de 2017