Lavanda-francesa

Nome científico: 
Lavandula stoechas L.
Família: 
Lamiaceae
Sinonímia científica: 
Lavandula stoechas f. leucantha (Ging.) Upson & S.Andrews
Partes usadas: 
Folha, flor.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Acetato de linalilo e geraniol (em menor quantidade).
Propriedade terapêutica: 
Antiespasmódico, antisséptico, carminativo, antiasmático, digestivo, expectorante e cicatrizante.
Indicação terapêutica: 
Aliviar náuseas, lavagem de feridas e úlceras, massagem relaxante.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: spanish lavender, arabian lavender, french lavender, fringed lavender, butterfly lavender, 
  • Alemão: schopflavendel

Origem, distribuição
Mediterrâneo.

Descrição
Lavanda é planta típica do Mediterrâneo com habitat em alturas que chegam a 1.500 m. É um arbusto perene, floresce de maio a agosto, as sementes amadurecem a partir de julho até setembro. As flores são hermafroditas (têm ambos os sexos masculino e feminino), polinizadas por abelhas e mariposas. A planta atrai animais selvagens.

É bem cultivada em jardins, embora algumas espécies sejam encontradas em estado selvagem, notadamente na Argélia (litoral norte da África) e região da Provença (Itália).

O nome lavanda deriva do verbo lavam, referindo-se ao hábito dos antigos romanos que frequentavam as termas para banhos perfumados. 

Uso popular e medicinal
Quando destiladas suas pequenas flores ainda frescas chegam a fornecer em média 0,8 % de essência. Quando dessecadas produzem 1,5 % de essência, um líquido oleoso, incolor ou amarelo pálido, de sabor amargo, cujo princípio ativo mais importante é o acetato de linalilo, além de uma porção menor de geraniol. Esses elementos em conjunto conferem à essência seu caráter antiespasmódico, antisséptico, carminativo, antiasmático, digestivo, expectorante e cicatrizante. 

A cada dia que passa, maior se torna a procura do óleo essencial da lavanda a ser utilizado na indústria de toucador. Esta mesma essência encontra boa aplicação na pintura sobre porcelana.

O álcool obtido pela destilação com álcool é por vezes usado como reativo do arsênico.

Na Idade Média a lavanda constituía o elemento fundamental de qualquer preparação, quer de produtos para toucador, quer como simples carminativo, isto é, elemento destinado a mascarar o sabor desagradável ou cheiro pouco convidativo de qualquer fórmula. Nesta época eram famosos os "still rooms", quartos especiais para destilação da lavanda.

A lavanda-francesa tem propriedades medicinais semelhantes a lavanda-comum (L. angustifolia). Produz mais óleo essencial do que esta, porém de qualidade inferior. Internamente é usado para aliviar náuseas. Externamente o óleo essencial é utilizado como um antisséptico para lavagem de feridas, úlceras e como óleo de massagem relaxante.

Outros usos
O óleo essencial obtido das flores é usado na fabricação de sabão e produtos de perfumaria.

As folhas e flores são utilizadas em pot-pourri (vasilhame contendo misturas de pétalas e especiarias secas) e como repelente de insetos em armário. Após a remoção das flores, as sobras do caule podem ser amarradas em pacotes pequenos e queimados como paus de incenso.

 Referências

  1. QUEIROZ, R. G. O mundo mágico das plantas. Thesaurus Editora, Brasília (DF), 2003.
  2. Plants for a Future: Lavandula stoechas - Acesso em 31 de maio de 2015 
  3. Imagem: Wikimedia Commons (Author: Luis Nunes Alberto) - Acesso em 31 de maio de 2015 
  4. The Plant List: Lavandula stoechas - Acesso em 31 de maio de 2015

GOOGLE IMAGES de Lavandula stoechas - Acesso em 31 de maio de 2015