Origem, distribuição
Ziziphus jujuba é planta nativa da China. Distribuida principalmente nas regiões tropicais e subtropicais da Ásia e América.
Esclarecimento Ziziphus jujuba parece ser uma forma antiga de escrever. Em traballhos mais recentes o termo é grafado como Zizyphus jujuba (com "y"). |
Uso popular e medicinal
O fruto da jujuba é saboroso e muito utilizado pelo seu valor nutricional. Tem sido comumente usado com fins medicinais como analéptica, paliativa e béquica (Yan & Gao, 2002). A semente seca de Zizyphus jujuba Mill var. spinosa é conhecida por conter uma grande quantidade de ingredientes ativos de importância farmacológica.
Esta semente tem sido utilizada como analgésica, tranquilizante e anticonvulsionante em paises do oriente como Coréia e China por pelo menos 2500 anos, e também tem sido prescrita para o tratamento da insônia e da ansiedade (Peng & Zhu, 2001).
Dentre seu efeitos são citados aumento da duração do pentobarbital usado para induzir ao sono (Adzu et al., 2002), inibição da excitação causada por cafeína e prolongamento da ação do hexobarbital também usado para induzir ao sono (Chung & Lee, 2002).
Outro trabalho indicou que o extrato aquoso teve efeitos ansiolíticos em ratos (Ahn et al., 2004). O extrato das folhas de jujuba junto com folhas de Azadirachta indica Juss (Neem) reforçam e tonificam os cabelos (Parveen et al., 2007).
A decocção dos frutos é utilizada para tratar diabetes (Ugurlu & Secmen, 2008). Os frutos são utilizados para melhorar a memória e a cognição em pessoas com idade mais avançada (Adams et al., 2007).
Possui atividade de estabilização dos neurônios (Heo et al., 2003). O fruto seco é utilizado como mitigativo, tônico e diurético (Ahn et al., 2004). É usado na medicina popular no tratamento de problemas digestivos e do fígado, fraqueza, obesidade, problemas urinários, diabetes, doenças de pele, febre, diarreia e insônia (Han et al., 2007).
Os frutos possuem a propriedade de purificar o sangue e melhorar a digestão. As raízes são utilizadas contra febre e para curar ferida e úlceras. A casca é usada para tratar a diarreia (Tripathi et al., 2001). As diferentes partes da planta possuem múltiplas propriedades como antifertilidade, analgésica e antidiabetes (Erenmemisoglu et al., 1995).
Um trabalho recente reportou que os flavonoides e alcaloides da semente possuem atividade inibitória sobre o sistema nervoso central (Park et al., 2004). Também foi demonstrado que extratos etanólicos e metanólicos possuem efeito ansiolítico (Han et al., 2007).
Esta planta é rica em flavonoides, alcaloides e triterpenos (Cheng et al., 2000), flavonoides glicosídeos, ésteres triterpênicos e cumarinas (Souleles and Shammas, 1998).
Alcaloides ciclopeptídeos têm sido reportados desta planta (Schmidt et al., 1985). Entre os princípios bioativos, os polissacarídeos se destacam como os mais importantes constituintes dos frutos (Yamada et al., 1985).
Foram isolados vários compostos de diferentes espécies do gênero Zizyphus tais como peptídeos, esteroides, taninos, acido betulínico e glicosídeos saponinas triterpenoidais (Shahat et al., 2001; Tripathi et al., 2001).
Os frutos contém espiosina e o jujubosideo que possui a propriedade de inibir a hiperatividade hipocampal (Shou et al., 2002). Jujubosideo é uma saponina que possui forte atividade hemolitica (Sparg et al., 2004).
Colaboração
- Marcelo Rigotti, Engenheiro Agrônomo, Botucatu (SP). Website: Cura pelas plantas
Referências
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