Gabiroba

Nome científico: 
Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg
Família: 
Myrtaceae
Sinonímia científica: 
Campomanesia xanthocarpa var. malifolia (O.Berg) D.Legrand
Partes usadas: 
Folha, fruto.
Propriedade terapêutica: 
Depurativo, antidiarreico, purificador, antirreumático.
Indicação terapêutica: 
Baixar o colesterol no sangue, reduzir a obesidade, diabetes mellitus.

Origem, distribuição
Gabirobeira é espécie comum nas florestas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Também encontrada no Uruguai, Paraguai e Argentina.

Descrição [3]
É árvore frutífera, alcança até 20 m de altura. O tronco mede de 20 a 30 cm de diâmetro, com casca descamante e lenticelada. Folhas opostas, simples, de elípticas a obovadas, 2-3 cm de comprimento por 1-1,5 cm de largura, sustentadas por pecíolo de aproximadamente 1 cm de comprimento.

As flores são brancas, solitárias, aparecem de setembro a novembro. O fruto é uma baga glabra, de cor amarela quando maduro, tem polpa carnosa, sabor doce-acidulado, comestível. Contém poucas sementes, amadurecem em novembro e dezembro, são consumidos frescos ou em sucos, sorvetes, licores e doces.

Guabiroba é nome de origem tupi ("amargo ao comer") com muitas variações regionais, por exemplo: 
  • Guabiroba-amarela-da-mata (Campomanesia xanthocarpa)
  • Guabiroba-da-casca-solta (Campomanesia corymbosa)
  • Guabiroba-da-casca-vermelha (Campomanesia cambessedeana)
  • Guabiroba-da-chapada (Campomanesia adamantinum)
  • Guabiroba-da-flor-cheirosa (Campomanesia suaveolens)
  • Guabiroba-da-folha-fina (Campomanesia salviefolia)

Fonte: Enciclopédia Agricola Brasileira [2]

Uso popular e medicinal [1]
A infusão preparadacom com as folhas é comumente utilizada como depurativo, antidiarreico, purificador, antirreumático e para baixar o colesterol no sangue. Foi confirmado em trabalho acadêmico que é popularmente usada na região sul do Brasil (Porto Alegre, RS) para reduzir a obesidade.

Apesar do uso popular, não há muita informação farmacológica sobre esta planta. Foi descrita a atividade antiulcerogênica do extrato alcoólico e demonstrado o potencial mutagênico e antimutagênico. 

Foi observado que o tratamento crônico de ratos obesos com a infusão das folhas de C. xanthocarpa levou a uma diminuição significativa na massa corporal e uma redução da glicemia nesses animais. A partir dessa constatação, outro trabalho verificou os efeitos do tratamento crônico de ratos diabéticos normais e induzidos por estreptozotocina usando uma decocção da folha de C. xanthocarpa (20 g / L) sob parâmetros fisiológicos, bioquímicos e histopatológicos. Os autores concluem que essa decocção pode ser útil no controle do diabetes mellitus (uma condição na qual o pâncreas deixa de produzir insulina), mas que estudos farmacológicos e toxicológicos são ainda necessários.

Outros usos [3]
Este vegetal fornece carvão e lenha. Tem características ornamentais, pode ser plantada em ruas estreitas sob redes elétricas e também a pleno sol em calçadas, praças e parques. A madeira é pesada, compacta, medianamente resistente, durável em ambiente interno. 

É também indicada para composição de mata ciliar.

  Dedicado a Edna Maria Vieira de Carvalho e Tarsila Sangiorgi Rosenfeld (São Paulo, SP).

 Referências

  1. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences: Anti-diabetic effects of Campomanesia xanthocarpa leaf decoction - Acesso em 17 de maio de 2015
  2. SOUZA, J. S. I; PEIXOTO A. M.; TOLEDO, F. F. Enciclopedia Agrícola Brasileira. Editora USP (EDUSP), São Paulo. 1995.
  3. Instituto Brasileiro de Florestas - IBF: Gabiroba - Acesso em 17 de maio de 2015
  4. Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI: Guabiroba, um gostinho inconfundível - Acesso em 17 de maio de 2015
  5. Gabiroba em outros websites - Acesso em 17 de maio de 2015
  6. Imagem: Flora Digital (Autores: Juliano Pörsch, Sérgio Bordignon, João A. Bagatini) - Acesso em 17 de maio de 2015
  7. The Plant List: Campomanesia xanthocarpa - Acesso em 17 de maio de 2015

GOOGLE IMAGES de Campomanesia xanthocarpa - Acesso em 17 de maio de 2015