Nome em outros idiomas
- Inglês: stevia, sweet leaf, candyleaf, sweet herb, sweet herb of paraguay
- Alemão: stevia
- Espanhol: estevia
- Francês: stévia, stévie
Origem, distribuição
América do Sul (Paraguai).
Descrição
“Ka’a hé’e” (erva-doce) é o nome atribuído à estévia pelos índios guaranis do Paraguai. As folhas eram usadas para adoçar os alimentos e a tradicional infusão “yerba mate”. Estévia é um pequeno arbusto verde que cresce em estado selvagem. Pertence ao grupo das flores e ervas aromáticas como a camomila e margaridas.
Uso popular e medicinal
O uso na forma de chá impede a absorção do açúcar pelo intestino sendo benéfico aos portadores de diabetes, que podem reduzir a quantidade de insulina tomada diariamente. Deve ter acompanhamento médico.
Indicada para regular o açúcar da dieta habitual. Nos casos de hipertensão arterial, atua como elemento regulador.
Cita-se como tônico para o coração, contra obesidade, hipertensão, azia e para baixar os níveis de ácido úrico. Tônico para o sistema vascular, razão pela qual se torna útil nos casos de reumatismo e hipertensão.
Exerce efeito calmante sobre o sistema nervoso eliminando a fadiga, a depressão, a insônia e a tensão, estimula as funções digestivas e cerebrais e age como antiflogística.
Como substitui perfeitamente o açúcar sem alterar o nível normal de glicemia e favorece a eliminação de toxinas, é recomendada nos regimes de emagrecimento.
Os constituintes responsáveis pelas propriedades adoçantes de suas folhas são os glicosideos, sendo o mais doce o esteviosideo, que tem poder adoçante 300 vezes maior que o da sacarose e pode representar até 18% da composição total da folha.
O primeiro botânico brasileiro a estudar esta variedade foi o Dr. João Geraldo Kuhlmann, especialista em Taxonomia de Angiospermas, Diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro de 1944 a 1951. Neste local encontra-se ainda hoje um exemplar para lá enviado em 1918.
O adoçante de estévia é comercializado hoje em quase todo mundo, sendo os japoneses seus maiores consumidores.
Vários estudos inclusive nos EUA validaram suas propriedades, porém seu emprego é proibido por pressão e lobby da poderosa indústria de adoçantes artificiais.
Um estudo recente analisou os teores de fenóis, flavonoides e proteínas de folhas secas de estevia preparados em três diferentes solventes: água, etanol 96% e mistura glicoaquosa 4:1. Os autores relatam que os extratos contêm quantidades significativas de fitoquímicos com atividade antioxidante e podem ser utilizados como ingrediente de alimentos, suplemento alimentar e cosmético. No entanto, devido à citotoxicidade significativa das preparações etanólica e glicoaquosa, bem como o seu potencial irritante de fibroblasto, a dose apropriada de cada extrato de estevia no alimento ou produto cosmético precisa ser avaliada de forma mais pormenorizada [4].
Dosagem indicada
Diabetes. Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (chá ) de folhas secas, bem picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia, entre as refeições.
Refrigerante para diabéticos. Coloque 1 colher (sobremesa) de folhas secas, bem picadas, em 1 copo de água em fervura. Desligue o fogo e deixe em repouso por 15 minutos. Em seguida coe e adicione o suco de 1 limão e gelo. Tome 1 copo 2 vezes ao dia.
Diurético. Coloque 1 colher (café) de folhas secas bem picadas e 1 colher (chá) de folha de abacateiro picada em 1 xícara (chá) de água em fervura. Desligue o fogo e deixe em repouso por 15 minutos. Em seguida coe em filtro de papel ou de pano. Tome 1 xícara (chá) 2 vezes ao dia, sendo uma no período da manhã e outra à tarde.
Durante séculos os índios guaranis do Paraguai e do Brasil fizeram uso das folhas de estévia como adoçante principalmente para seu chá-mate muito consumido. A notícia de que havia uma planta tão doce que uma única folha seria capaz de adoçar um bule cheio do mate mais amargo espalhou-se rapidamente no final do século XVI, quando se iniciaram os primeiros estudos da planta. O primeiro artigo sobre suas propriedades data de 1900. |
Efeitos colaterais
Embora afirmem que a estévia não apresenta efeitos colaterais, deve-se alertar para o fato de uma suposta ação anticoncepcional, já que os índios guaranis a utilizavam para esta finalidade.
É muito importante lembrar que seu uso por diabéticos deve ter sempre acompanhamento médico.
Referências
- PANIZZA, S. Plantas que Curam (Cheiro de Mato). IBRASA, São Paulo, 5a ed. 1997.
- LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil - Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, 2.ed. 2008.
- CORDEIRO, R. et all. Plantas que Curam. Editora Três, São Paulo, 1996.
- Molecules: Stevia Rebaudiana Bert. Leaf Extracts as a Multifunctional Source of Natural Antioxidants - Acesso em 22 de março de 2015
- Imagem: Wikimedia Commons, National Exports - Acesso em 22 de março de 2015
- The Plant List: Stevia rebaudiana - Acesso em 22 de março de 2015
GOOGLE IMAGES de Stevia rebaudiana - Acesso em 22 de março de 2015