Erva-cidreira

Nome científico: 
Melissa officinalis L.
Família: 
Lamiaceae
Sinonímia científica: 
Melissa officinalis var. graveolens (Host) Nyman
Partes usadas: 
Sumidades floridas, óleo essencial.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Citronelol, geraniol, linalol, citral, neral, ácido fenol carboxílico, ácido citronélico, acetato geranílico cariofileno, taninos.
Propriedade terapêutica: 
Rejuvenescedora, calmante, antidepressivo, antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero, tônico, antiespasmódico, bálsamo, antidisentérico, antiemético, ansiolítico.
Indicação terapêutica: 
Regular menstruação, cólica, tônico para útero, insônia nervosa, problemas gastrintestinais funcionais, herpes simplex, lavagem de feridas, mau hálito.

Planta da Farmacopeia Brasileira
Erva-cidreira tem uso científico comprovado como antiespasmódico, ansiolítico e sedativo leve.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: common balm, lemon balm, balm, balm mint, blue balm, cure-all, dropsy plant
  • Alemão: melisse, zitronenmelisse, frauenkraut, gartenmelisse, mutterkraut
  • Francês: mélisse, citronelle

Origem, distribuição
Nativa da Europa e da Ásia ocidental e amplamente distribuida.

Descrição [3]
Melissa officinalis é o nome clássico que vem do fato de atrair abelhas (melissa, em grego).

A planta é herbácea, tem haste autossustentável e vive mais de dois anos. Haste e folhas quando jovem são verdes. A cor da pétala vai do rosa ao vermelho, branca, amarela. As folhas são simples, lobadas ou não (mas não separadas em folíolos), opostas, duas folhas por nó ao longo do caule, bordas da lâmina crenada, inteira.

A flor é bilateralmente simétrica, com 5 pétalas, 4 estames. O fruto é seco e não reparte quando maduro.

Uso popular e medicinal [1]
É cultivada como erva medicinal e ornamental. Tem sido utilizada há milênios para tratar a ansiedade e a depressão. Tem sido clinicamente testada para tratamento de feridas e na melhoria dos efeitos da doença de Alzheimer.

É considerada uma panacéia com propriedades rejuvenescedoras tal a gama de suas ações. Paracelso (médico suiço da Renascença) a considerava "o elixir da vida". Parece ter efeito calmante e revitalizante sobre a mente.

É um calmante, antidepressivo, antialérgico, digestivo, revigorante, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero, tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico e antiemético (contra enjôo, náuseas e vômito).

Tem grande afinidade no organismo feminino onde, além de regular a menstruação, tranquiliza e relaxa em casos de cólica. Tem efeito tônico no útero e, às vezes, pode ajudar em casos de esterilidade.

Suas folhas, quando machucadas, emitem um odor agradável semelhante ao do limão. As folhas contém pelo menos 0,05% de óleo volátil de evaporação média composto por citronelol, geraniol, linalol (são álcoois), citral, neral (os três dão de 50 a 75% do óleo) e ainda ácido fenol carboxílico (4% do rosmarínico), ácido citronélico, acetato geranílico cariofileno e taninos.

O famoso óleo de melissa é obtido por destilação a vapor de ervas colhidas no início da floração.

Em estudo experimental sobre possíveis efeitos sedativos, o óleo de melissa foi administrado de 3 a 100 mg/kg e, embora alguns efeitos tenham sido obtidos, a ausência de respostas dependentes de dose sugere que os efeitos não foram específicos.

Em 1984 a Comissão Alemã citou a "insônia nervosa e problemas gastrintestinais funcionais" como curáveis com preparados de melissa.

Em 1978 pesquisadores mostraram que as folhas têm propriedades virostáticas potentes. Em 1991 foi relatado que um creme preparado com folhas teve sucesso quando aplicado em pacientes com herpes simplex.

Externamente é indicado para lavar feridas, combater mau hálito e revigorar (em banhos).

 Dosagem indicada

  • Recomendam-se doses de 1,5 a 4,5 g da droga vegetal (no caso folhas) seca; infuso ou decocto a 3% e toma-se de 50 a 200 cm3/dia; extrato fluido de 1 a 6 cm3/dia; ou xarope de 50 a 200 ml/dia.

Antiespasmódico, ansiolítico, sedativo leve [4]
Componentes: sumidades floridas secas (1 - 4 g); água q.s.p. 150 mL. Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Advertência: não deve ser utilizado nos casos de hipotireoidismo e utilizar cuidadosamente em pessoas com hipotensão arterial. Uso interno: acima de 12 anos, tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, 2 a 3 vezes ao dia.

Outros usos
Repele insetos.

 Efeito colateral
Embora seja antialérgica, pode irritar peles sensíveis.

 Colaboração

  • Luis Carlos Leme Franco, médico e professor de Fitoterapia (Curitiba, PR), 2004. Memória.

 Referências

  1. FRANCO, L. C. L.; LEITE, R. C. Fitoterapia para a Mulher. Corpomente, Curitiba, 375p. 2004.
  2. CASTRO, J. L. Medicina vegetal: teoria e prática conforme a naturoterapia. Europa-América, Rio de Janeiro, 2a ed., 1981.
  3. Go Botany: Melissa officinalis - Acesso em 8/3/2015
  4. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição. ANVISA, pg. 41. 2011.
  5. Henriette´s Herbal Homepage: Melissa officinalis - Acesso em 8/3/2015
  6. Imagem: Forest & Kim Starr - Acesso em 8/3/2015
  7. The Plant List: Melissa officinalis - Acesso em 8/3/2015 

GOOGLE IMAGES de Melissa officinalis - Acesso em 8/3/2015