Nome em outros idiomas
- Inglês: green cumin, white cumin
- Francês: cumin, cumin blanc, cumin du Maroc, faux anis
- Alemão: mutterkuemmel
- Italiano: comino
- Espanhol: comino, comino blanco
Origem, distribuição
África.
Descrição
Planta herbácea (fruto não comestível), de ciclo anual, alcança mais ou menos 40 cm de altura, de caule ereto, estriado, revestido de pêlos na parte superior, ramoso e com raízes brancas e fobrosas.
As folhas são alternas, distantes, glabras, recortadas em longos colmilhos, quase capilares. As flores são brancas ou avermelhadas, pequenas, dispostas em umbelas terminais; corola com 5 pétalas.
O fruto é oblongo, elipsóide, adelgaçado na extremidade, estriado, coroado pelos dentes do cálice pubescente. Exala um odor forte, aromático e pouco agradável, de sabor acre. As sementes são côncavas. É utilizado na indústria de perfumaria e também aplicado em certos tipos de queijo e pão.
Curiosidade |
Uso popular e medicinal
É utilizado no combate ao excesso de gases intestinais, as dispepsias putrefativas e fermentativas, as atonias gástricas e intestinais, os espasmos gastrintestinais e as gastralgias nervosas.
Externamente é usado sob a forma de cataplasma, auxiliando na resolução de abcessos e no descongestionamento mamário de lactentes.
Dosagem indicada
Atonia gastrointestinal. Em uma xícara (de chá) com água fervente, colocar 2 g de sementes de cominho. Abafar por cerca de 10 minutos, coar e beber antes das principais refeições.
Chá estomacal. Ferver por 5 minutos em uma xícara (de chá) com água, 1 g de semente de cominho, um pedaço de casca de carqueja e 1 g de semente de angélica. Coar e beber antes das principais refeições.
Gas intestinal. Macerar por 5 dias 20 g de sementes de cominho em 100 ml de álcool neutro 60º. Coar. Diluir uma xícara (de chá) em um pouco d’água e beber após as principais refeições.
Vinho digestivo. Macerar por 5 dias 30 g de sementes de cominho em 1 l de vinho branco doce. Coar e beber um cálice após as principais refeições.
Culinária
Inteiro ou moído, o cominho é empregado como condimento e na fabricação de licores. Serve para aromatizar alguns tipos de queijos, pães e bolos, deixando-os com odor e sabor mais forte e acre. As sementes do cominho são a base do famoso licor "Kümmel" (ou "Creme de Munique"). São muito semelhantes às sementes da alcarávia, distinguindo-se apenas por seus minúsculos pêlos. Pertence à mesma família do funcho, do anís, da erva-doce e da alcarávia. Cominho é utilizado na cozinha oriental e mediterrânea. Na Alemanha, certos pães são temperados com suas sementes. Alguns queijos, como o gouda e o munster, podem também ser feitos com grãos de cominho em seu interior. Moído em pó, é muito utilizado na culinária árabe. Usam-se as folhas e raízes (muito finas, fracas e esbranquiçadas, são aromáticas e consideradas uma "délicatesse" à mesa). As flores pequenas, brancas ou levemente rosadas, não são usadas na culinária, mas originam pequenos frutos que contêm as sementes. Usam-se ainda as folhas e os grãos nos preparos de molhos para carnes, peixes, legumes, ovos, queijos e sopas. Na Holanda é comum utilizá-lo em bolos e doces. Os egípcios usavam-no como pimenta e colocavam seus frutos dentro das tumbas, como oferenda. Na Idade Média, o cominho era considerado um tempero aristocrático, utilizado para temperar as aves a fim de facilitar a digestão. É uma especiaria popular ao redor do mundo, especialmente na América Latina, norte da África e Ásia. Típico na Índia onde é parte do curry em pó e largamente empregado na cozinha tandoori (forno tandoor é um forno de barro), seus frutos são usados inteiros, podendo ser fritos ou assados antes do uso. Os legumes, especialmente as lentilhas, são temperados com cominho frito na manteiga. Pode ser utilizado em misturas de temperos, polvilhados nos pratos antes de servir. O cominho preto é o fruto da planta de mesmo nome que cresce no Irã e na região norte da Índia, algumas vezes preferida em detrimento do cominho branco. |
Colaboração
- João Luiz Dias, arquiteto aposentado pelo Centro Federal de Ensino Tecnológico (CEFET/PA). Setembro de 2006.
- Érika Alves Tavares Marques, Bióloga (Universidade Federal Rural de Pernambuco).
Referências
- Coimbra, R. Manual de Fitoterapia. Ed. CEJUPA, Belém (PA).
- As Plantas Medicinais no Ano 2000. TAO Editora, São Paulo (SP).
- Sanguinetti, Enio E. Plantas que Curam. Ed. RIGEL, Poa (RS).
- O Poder das Plantas. Fascículos Ed. GLOBO, Rio de Janeiro (RJ).
- Gernot Katzer´s Spice Pages: Cumin - Acesso em 31 de outubro de 2015
- Imagem: Wikimedia Commons (Author: Humbads) - Acesso em 31 de outubro de 2015
- The Plant List: Cuminum cyminum - Acesso em 31 de outubro de 2015
GOOGLE IMAGES de Cuminum cyminum - Acesso em 31 de outubro de 2015