Cidró

Nome científico: 
Aloysia citriodora Palau
Família: 
Verbenaceae
Sinonímia científica: 
Cordia microcephala Willd. ex Roem. & Schult.
Partes usadas: 
Folhas frescas, sumidades floridas.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Óleo essencial (menos de 1%) caracterizado principalmente pelos aldeídos neral e geranial (citral). Monoterpenos limoneno, carvona, dipenteno, linalol, nerol e geraniol.
Propriedade terapêutica: 
Antiespasmódica, aromática, carminativa.
Indicação terapêutica: 
Nervosismo, insônia, dor de cabeça, gripe, má digestão.

Nome em outros idiomas

  • Inglês: lemon verbena, lemon-scented verbena
  • Francês: verveine citronnelle, verveine odorante, verveine citronelle
  • Alemão: zitronenverbene
  • Espanhol: cedron, hierbaluisa

Origem, distribuição
América do Sul (Chile e oeste da Argentina). Foi levado para o sul da Europa e dali para o norte da África onde é cultivado para uso na perfumaria. É também cultivado no Brasil e EUA para perfumaria e medicina.

Curiosidade
O nome do gênero Aloysia, atualmente obsoleto, foi dado em homenagem a Maria Luisa Teresa de Parma (1751-1819), esposa do rei Carlos IV da Espanha. Em espanhol, ficou conhecido como hierba luisa ou erva de Luisa.

Descrição
Planta perene, arbustiva (1,5 a 3,0 m), tronco curto, pouco ereto, casca grossa, gretada, pardo-amarelada a acinzentada, dele partindo inúmeros ramos finos, longos, estriados, tetrágonos, com nós de onde partem as folhas.

Folhas simples, inteiras, verticiladas em verticilos de 3, raramente 4 folhas, pecíolo muito curto, lâmina lanceolada ou fusiforme de base atenuada e ápice agudo, cor verde-clara brilhante e escabrosa na face ventral e verde-esbranquiçado fosco na inferior. São ásperas ao tato, bordos lisos e ondulados ou serreados na metade junto ao ápice, peninérveas, com nervuras salientes na página inferior, exalando agradável perfume de limão. As folhas caem no outono renovando-se na primavera.

Flores pequenas, hermafroditas, levemente zigomorfas, diclamídeas, pentâmeras. Cálice gamossépalo, tubuloso, menor que a corola; denso-pulverulento por estar forrado de glândulas oleíferas. Corola gamopétala, tubular, abrindo-se em 5 dentes sendo 3 maiores e 2 menores e unidos; cor lilacina e internamente amarela com os dentes brancos ou lilás muito claros.

Androceu formado por 4 estames com filestes desiguais em comprimento, inseridos nas paredes do tubo, anteras amarelas. Gineceu súpero, bicarpilar, bilocular, sincárpico com um estilete grosso e não-ginobásico, terminando em um estigma globoso.

Flores reunidas em espigas frouxas que formam uma panícula composta de aspecto piramidal. O florescimento se dá no verão.

Frutos secos, indeiscentes, separando-se em 2 clausos, cada um com 2 fruticulos ou núculas.

Sementes encerradas pelos frutos que são tecnicamente designados por “sementes”.

Propaga-se por estacas simples ou de cruzeta, alporquia, mergulhia. Não produz sementes férteis no Rio Grande do Sul.

Uso popular e medicinal
Como muitas outras especiarias com aroma de limão, o cidró é usado para dar sabor a sopas, ensopados de peixe e aves. Sua principal aplicação no entanto é como aromatizador de doces, sobremesas e bebidas.

Esta planta tem forte afinidade com frutas frescas, pois enfatiza e reforça o aroma natural das mesmas. Em saladas de frutas, dá um toque incomum. Algumas folhas picadas podem ser polvilhadas sobre uma tigela de frutas, ou o suco de frutas preparado na hora pode ser enfeitado com uma ou duas folhas de cidró. 

Outras aplicações incluem sobremesas processadas ​​à base de frutas, como sorvete. O doce aroma cítrico é encontrado em perfumes, sabonetes e sachês.

A planta é usada como chá para acalmar espasmos estomacais, nervos e reduzir febres. 

 Preparo e dosagem

Para fazer um chá de ervas ou um tempero culinário, usa-se um punhado de folhas frescas picadas ou uma colher de sopa de erva seca e peneirada para cada xícara de água. Infundir suavemente, derramando a água quente sobre as folhas e deixando em infusão até esfriar o suficiente para beber.

 Referências

  1. CASTRO, L. O.; CHEMALE, V. M. Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares – Descrição e Cultivo. Livraria e Editora Agropecuária, Guaíba (RS). 1995.
  2. Gernot Katzer´s Spice Pages: Lemon verbena - Acesso em 31 de outubro de 2015
  3. Image: NZ Plant Pics; Hortipedia Commons (Author: Kurt Stueber) - Acesso em 31 de outubro de 2015
  4. The Plant List: Aloysia citriodora - Acesso em 31 de outubro de 2015

GOOGLE IMAGES de Aloysia citriodora - Acesso em 31 de outubro de 2015