Castanheiro-da-índia

Nome científico: 
Aesculus hippocastanum L.
Família: 
Sapindaceae
Sinonímia científica: 
Aesculus asplenifolia Loudon.
Partes usadas: 
Cascas, folhas e sementes.
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.): 
Heterósidos hidroxicumarínicos, flavonoides, saponosidos triterpênicos, leucoantocianósidos, oligossacáridos, fitoesteroides, derivados do quercetol, ramnetol e campferol, taninos.
Propriedade terapêutica: 
Antiexudativa, venotônica, anti-inflamatória, adstringente, antioxidante.
Indicação terapêutica: 
Hemorroidas, varizes, melhorar a elasticidade do tecido cutâneo.

Nome em outros idiomas

  • Inglês:  horsechestnut, conker tree
  • Francês: marronnier commun
  • Espanhol: castaño de Indias
  • Alemão: gewöhnliche rosskastanie 
  • Italiano: ippocastano

Orgiem, distribuição
Árvore originária do sudoeste da Europa (Caúcaso), norte da Grécia, prefere solos secos e está muito difundida nas regiões temperadas. Muito cultivada na Europa como árvore ornamental.

Farmacologia e atividade biológica
A escina e o esculósido são responsáveis pelas propriedades antiexudativa, venotônica (melhora o tônus e a elasticidade da parede dos vasos sanguíneos) e aumento da resistência capilar.

A escina é anti-inflamatória e diminue a permeabilidade e a fragilidade capilar. As suas propriedades antiexudativas contribuem para a reabsorção dos edemas.

O esculósido é ainda protetor solar. Os taninos contidos na casca e folhas têm um efeito adstringente. Os extratos mostram elevada atividade antirradicalar (o mesmo que antioxidante).

Os princípios ativos identificados são:

  • Casca: heterósidos hidroxicumarínicos 2 a 3% (esculósido, fraxósido); flavonoides (kaempferol, quercitina livre e na forma de heterósido); saponósidos triterpênicos 3 a 5% (escina): taninos catéquicos; leucoantocianósidos; oligossacarideos; fitoesteroides.
  • Folha: heterósidos hidroxicumarínicos (esculósido, escopoletósido, fraxósido; flavonóis); derivados do quercetol, ramnetol e kaempferol; taninos; leucoantocianósidos; vestígios de escina; fitosteróis: (sitosterol, estigmasterol, campestrol).
  • Semente: flavonoides 8 a 28% (esculina); saponósidos triterpênicos 10% (escina); taninos catéquicos; hidoxicumarinas, pectina; mucilagem; óleo gordo; glúcidos 40 a 50% (amido).

 Formas de administração e posologia

Uso interno

  • Cozimento: 30 a 50 g de casca/litro, 250-500 ml por dia.
  • Infusão (folhas): 30 g/l, 2 a 3 chávenas por dia.
  • Tintura (1:10): 50-100 gotas, 1 a 2 vezes por dia.
  • Extrato seco (5:1): 200 a 600 mg por dia (deve estar ajustado entre 16 a 20% de escina anidra).
  • Supositórios, com 20-30 mg de extrato seco.

Uso externo

  • Cozimento de casca, a 5%.
  • Pomadas, creme ou gele a 20% de extrato fluido.

Principais aplicações cosméticas e dermatológicas 

Creme contendo extrato glicólico de folhas ou sementes 
Útil para tonificar e melhorar a elasticidade do tecido cutâneo e ainda inibir a progressão de rugas, estrias e olheiras ao estimularem a circulação local. Indicado em peles sensíveis, exerce um efeito estimulante sobre as peles envelhecidas, especialmente pela atividade venotônica.

Usado contra acne rosácea (enfermidade que acomete a pele do rosto, causando vermelhidão nas bochechas, nariz, testa e queixo) e varizes das pernas.

Banho cosmético
Para tonificar a pele e aumentar a sua elasticidade: juntar 1 litro de cozimento de folhas a 20% em 10 litros de água tépida.

 Efeitos secundários e toxicidade
Preparações cosméticas com teores elevados em esculósido podem produzir dermatites em peles sensíveis.

Contraindicações 
Gravidez, aleitação, crianças com idade inferior a dez anos. Tratamentos com anticoagulantes.

 Colaboração

  • António Proença da Cunha, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra. Fevereiro de 2005.

 Referências

  1. CUNHA, A. P.; SILVA, A. S.; ROQUE, O. R. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Editora Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), pag. 202-203. 2003
  2. CUNHA, A. P.; SILVA, A. S.; ROQUE, O. R.; CUNHA, E. Plantas e Produtos Vegetais em Cosmética e Dermatologia. Editora Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), pag. 129-130. 2004.
  3. Imagem: Wikimedia Commons (Author: H. Zell) - Acesso em 25 de outubro de 2015
  4. Imagem: UBC Botanical Garden and Centre for Plant Research (Author: Daniel Mosquin) - Acesso em 25 de outubro de 2015
  5. The Plant List: Aesculus hippocastanum - Acesso em 25 de outubro de 2015

GOOGLE IMAGES de Aesculus hippocastanum - Acesso em 25 de outubro de 2015